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Economia

Guedes fala em incentivo para Tesla e Google na Amazônia

Ministro propõe "Selva do Silício", voltada à economia verde e digital

07 de Novembro de 2021 às 00:01
Cruzeiro do Sul [email protected]
Paulo Guedes participou de evento dentro da programação do Brasil na COP26.
Paulo Guedes participou de evento dentro da programação do Brasil na COP26. (Crédito: DIVULGAÇÃO CNI)

O ministro da Economia, Paulo Guedes, defendeu novamente que é preciso transformar a “vocação” da Amazônia para que a região se torne a “capital mundial da economia verde e digital”. Ele voltou a falar em isenção de impostos a empresas de tecnologia, como Tesla, Google e Amazon, para que elas possam se instalar na Amazônia e desenvolver na região a “Selva do Silício”, em referência ao Vale do Silício, nos Estados Unidos.

Hoje, segundo o ministro, há uma atividade industrial obsoleta na região, que produz cinturões de pobreza e deixa a população vulnerável, como foi visto em Manaus (AM), durante a pandemia de Covid-19.
“A Amazônia deve ser capital mundial dos seminários executivos sobre economia verde. Há o Vale do Silício, vamos fazer a Selva do Silício”, disse Guedes, em evento que faz parte da programação do Brasil na COP26. “Temos que vocacionar a região para isso. Tem toda uma economia verde e de baixo carbono que pode se desenvolver na região”, completou.

Compensação

Guedes também voltou a defender a remuneração de países por serviços de preservação do meio ambiente, como um dos mecanismos de contenção do aquecimento global. Segundo o ministro, países emergentes como o Brasil, a Índia e a Indonésia devem ser remunerados por esses serviços.

De acordo com o ministro, existem duas abordagens no debate em torno da emissão de gases do efeito estufa. A primeira, segundo Guedes, é defendida principalmente pelos países mais avançados e diz respeito à adoção de medidas para taxar anualmente as emissões de gases poluentes. Na outra ponta está o debate sobre a remuneração por serviços ambientais.

Segundo o ministro, uma possível solução é a precificação do mercado de carbono que poderia remunerar países emergentes como o Brasil, a Índia e Indonésia por serviços ambientais.

“Por um lado é uma vocação natural do Brasil, o verde. Então, nós já partimos na frente e precisamos estimular a criação desse mercado de carbono que vai ser a chave para o pagamento dos serviços ambientais e da preservação do estoque de recursos naturais. É daí que vamos receber o estimulo necessário para a preservação das nossas riquezas”.

O ministro explicou que os três países vão estar temporariamente na presidência do G20, grupo que reúne as 20 maiores economias do mundo, pelos próximos três anos e que as três economias têm que levar esse debate para o grupo para “mudar o eixo da conversa na nossa direção” e que já tratou do assunto com a Índia e Indonésia. (Estadão Conteúdo, Agência Brasil e Redação)