Buscar no Cruzeiro

Buscar

Economia

Saques na poupança superam depósitos em R$ 7,7 bilhões

07 de Outubro de 2021 às 00:01
Estadão Conteúdo [email protected]
(Crédito: MARCOS SANTOS / USP IMAGENS)

Em meio à escalada da inflação no País, os saques na poupança superaram os depósitos pelo segundo mês consecutivo, com uma retirada líquida de R$ 7,719 bilhões em setembro, informou ontem o Banco Central (BC). Esse foi o maior saque líquido para meses de setembro na série histórica, iniciada em 1995.

No mês, os aportes na caderneta somaram R$ 282,876 bilhões, enquanto os saques totalizaram R$ 290,596 bilhões. Este movimento gerou a retirada líquida total de R$ 7,719 bilhões no mês. Considerando o rendimento de R$ 3,084 bilhões da caderneta em agosto, o saldo total das contas caiu para R$ 1,031 trilhão.

Setembro foi o quinto mês de 2021 em que os saques superaram os depósitos na poupança. Nos meses de janeiro, fevereiro e março, os brasileiros também haviam retirado recursos da caderneta. No acumulado de janeiro a setembro deste ano, a população retirou R$ 23,349 bilhões líquidos da caderneta. Em 2020, em meio à pandemia do novo coronavírus, a poupança chegou a registrar dez meses consecutivos de depósitos líquidos (de março a dezembro).

No ano passado, a caderneta havia sido favorecida pelo pagamento de auxílios à população. Além disso, foi impulsionada em 2020 pela maior cautela das famílias brasileiras. Preocupadas com a renda futura e com medo do desemprego, muitas delas reduziram gastos e passaram a aplicar recursos na caderneta, o que elevou o saldo. Este movimento foi o que o próprio BC chamou de “poupança precaucional”.

De janeiro a março, muitos brasileiros precisaram de recursos para fechar as contas. De abril a julho, porém, o resultado positivo foi influenciado pela volta do pagamento do auxílio emergencial para uma parcela da população. Os depósitos começaram a ser feitos em 6 de abril. (Estadão Conteúdo)