Buscar no Cruzeiro

Buscar

Economia

Recuperação de restaurantes é parcial

03 de Outubro de 2021 às 00:01
Estadão Conteúdo [email protected]
O comércio varejista de vestuário e acessórios liderou entre os segmentos.
O comércio varejista de vestuário e acessórios liderou entre os segmentos. (Crédito: FÁBIO ROGÉRIO / ARQUIVO JCS (9/12/2020))

Pesquisa realizada com empresas de serviços de alimentação -- como restaurantes, bares e lanchonetes -- mostra que a maior parte do setor ainda não conseguiu recuperar níveis de faturamento de antes da pandemia, enquanto quase metade dos estabelecimentos endividados precisará de pelo menos dois anos para acertar as contas.

Apesar do relaxamento das restrições tanto de horário quanto de público atendido nos restaurantes, 62% das empresas ainda não conseguem repetir as vendas de 2019, quando os negócios não eram afetados pela crise sanitária.

Além disso, 55% dos restaurantes, bares, cafés e lanchonetes se declaram endividados, sendo que, deste grupo, 57% estão com impostos em atraso e praticamente a metade (48%) avalia que vai levar mais de dois anos para pagar os débitos. A solução vista por 63% das empresas de foodservice com dívidas atrasadas é aderir a programas de refinanciamento de dívidas tributárias.

Apresentada como a mais abrangente no setor desde o início da pandemia, a pesquisa foi realizada pela Associação Nacional de Restaurantes (ANR) em parceria com a consultoria Galunion, especializada em serviços de alimentação, e com o Instituto Foodservice Brasil (IFB). No total, 800 empresas de diferentes perfis, de grandes redes de fast food a pequenos restaurantes, participaram do levantamento entre os dias 12 de agosto e 8 de setembro. Essas empresas operam 22,9 mil estabelecimentos localizados em ruas (a maioria), shoppings e centros comerciais.

Entre outras descobertas, a pesquisa revela ainda que a participação dos serviços de delivery no faturamento dos restaurantes subiu de 24% para 39% desde o início da pandemia. (Estadão Conteúdo)