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Economia

Bolsonaro: crise hídrica é enfrentada com seriedade

25 de Setembro de 2021 às 00:01
Estadão Conteúdo [email protected]
Hidrelétrica de Itaipu opera com baixa vazão do rio Paraná.
Hidrelétrica de Itaipu opera com baixa vazão do rio Paraná. (Crédito: LUIS MOURA / WPP / ARQUIVO ESTADÃO CONTEÚDO (11/9/2021))

Um dia depois de pedir à população, em transmissão ao vivo nas redes sociais, que tome banho frio como forma de economizar energia, o presidente Jair Bolsonaro afirmou ontem que o governo federal enfrenta a crise hídrica “com planejamento, seriedade e transparência”. A declaração foi feita em vídeo gravado para um painel de evento virtual da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre transição energética, que não constava da agenda oficial do chefe do Executivo. Na quinta-feira, Bolsonaro também pediu à população o uso de escadas, a redução da potência do ar-condicionado e, mais uma vez, o desligamento de ao menos um ponto de luz como forma de reduzir os impactos da crise.

Em meio às ameaças de apagões, Bolsonaro declarou ainda, durante o painel, que tem trabalho para garantir acesso a energia limpa e sustentável a todos brasileiros. “Brasil já é líder em prover acesso a eletricidade com praticamente 99% da população contemplada. Agora, estamos agora avançando para 100% com o programa mais luz para Amazônia”, disse o chefe do Planalto.

Apesar de ter sua política ambiental criticada internacionalmente, sobretudo em razão do desmatamento da Amazônia, Bolsonaro afirmou também que o Brasil é um exemplo para o mundo em transição energética e tem, “de longe”, a matriz energética mais limpa do planeta. “Nosso país tem longa experiência na promoção de soluções energéticas sustentáveis, a começar pela bioenergia, em que somos referência mundial”, disse o presidente.

Por fim, Bolsonaro declarou que está comprometido com a descarbonização dos transportes e com ampliar a geração de energia para as necessidades de desenvolvimento nacional. “Assumimos o compromisso de reduzir voluntariamente 620 milhões de toneladas de emissões de carbono em 10 anos, considerando apenas o setor de combustíveis de transportes. Cumpriremos essa meta”, destacou. “No Brasil, sabemos que a transição energética é possível, sabemos também tratar-se de enorme oportunidade”, afirmou. (Estadão Conteúdo)