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Economia

Caixa reduz juros em linha de crédito imobiliário

Taxa será a partir de 2,95% ao ano, na modalidade com correção pela poupança

17 de Setembro de 2021 às 00:01
Estadão Conteúdo e Redação
Pedro Guimarães expôs as condições para o juro menor.
Pedro Guimarães expôs as condições para o juro menor. (Crédito: TOMAZ SILVA / ARQUIVO AGÊNCIA BRASIL)

A Caixa Econômica Federal anunciou ontem a redução de 0,4 ponto percentual na taxa de juros da linha de crédito imobiliário com correção atrelada à poupança. A partir de amanhã será possível contratar financiamento pela modalidade com juros a partir de 2,95% ao ano, somadas à remuneração da caderneta.

Esse movimento vai na contramão das sucessivas altas da taxa básica de juros, a Selic, e também dos aumentos feitos pelos concorrentes nas linhas de crédito tradicionais. Santander, Bradesco e Itaú Unibanco aumentaram em cerca de um ponto porcentual as taxas dos financiamentos imobiliários tradicionais (corrigidos pela TR).

Segundo o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, a redução foi possível porque a Caixa registrou R$ 300 bilhões contratados na atual gestão e segue como o maior financiador da casa própria no País, com 67% de participação do mercado. Em agosto de 2021, foram R$ 14 bilhões em novos contratos, sendo o mês de maior contratação da história da Caixa.

Na coletiva, Guimarães afirmou que o banco tem mais de R$ 200 bilhões em títulos públicos, que remuneram a Selic. Por este motivo, quanto maior a taxa básica de juros, maior o ganho do banco, disse. “Nós vamos reduzir o spread (diferença entre o que o banco paga para captar e o que cobra do cliente), especificamente na linha de poupança”, garantiu.

Sobre o programa para os profissionais de segurança pública, o Habite Seguro, Guimarães afirmou que a Caixa irá direcionar R$ 5 bilhões para esses empréstimos subsidiados nos próximos quatro meses, mas que poderá elevar esse montante para de R$ 10 bilhões a 15 bilhões se houver demanda.

O anúncio de redução dos juros da Caixa com correção atrelada à poupança foi celebrada pelo presidente da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), Luiz França. “É uma boa notícia para o setor, porque essa redução dá mais fôlego para os compradores”, disse.

O prazo de financiamento nessa modalidade de financiamento é de até 35 anos. O banco afirma que há a opção de carência de seis meses para início da parcela de juros e amortização.

“Todos nós esperamos que os juros básicos voltem a ficar mais baixos no longo prazo, o que vai dar um alívio para esses financiamentos”, comentou o presidente da Abrainc. (Estadão Conteúdo e Redação)