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Economia

Setor de serviços tem maior nível em 5 anos

Alta foi de 1,1% em julho na comparação com o mês anterior

15 de Setembro de 2021 às 00:01
Estadão Conteúdo e Redação
Nível é 3,9% superior ao período pré-pandemia, em 2020.
Nível é 3,9% superior ao período pré-pandemia, em 2020. (Crédito: VINICIUS FONNSECA / ARQUIVO JCS (30/4/2020))

Em meio ao avanço da imunização da população contra a Covid-19 e da reabertura de estabelecimentos, as famílias brasileiras aumentaram o consumo de serviços em julho, com crescimento no volume de 1,1% em relação a junho, impulsionado por um avanço de 3,8% naqueles prestados às famílias. Os dados foram divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

“O setor de serviços não é exclusivamente voltado para as famílias. Você pode prestar serviços para as famílias, para as empresas e para o próprio governo”, disse Rodrigo Lobo, gerente da pesquisa do IBGE.

Com o desempenho de julho, o setor passou a operar em nível 3,9% superior ao de fevereiro de 2020, no pré-pandemia, alcançando o patamar mais elevado em mais de cinco anos. Quatro das cinco atividades que integram o setor já operavam acima do nível pré-Covid: transportes (6,9% acima), serviços de informação e comunicação (9,6%), outros serviços (6,8%) e serviços profissionais e administrativos (0,5%).

Já os serviços prestados às famílias ainda estavam 23,2% abaixo do pré-crise sanitária. “É o setor que está mais defasado, e a expectativa é de que isso seja o fator que vai puxar o crescimento da atividade no segundo semestre”, disse o economista Helcio Takeda, da consultoria Pezco Economics.

O setor deve se manter em recuperação, com números superiores aos da indústria e do varejo, afirmou o economista-chefe da gestora de recursos Greenbay Investimentos, Flávio Serrano. A tendência, no entanto, é de desaceleração dos resultados mensais. “Vai acomodar, é natural e faz parte do processo.”

Julho de 2020

Na comparação com julho do ano anterior, houve elevação de 17,8% em julho de 2021, já descontado o efeito da inflação. Nessa comparação, as previsões eram de uma elevação de 16,1% a 20,2%, com mediana positiva de 18,0%.

A taxa acumulada no ano de 2021 foi de elevação de 10,7%. Em 12 meses, os serviços acumulam alta de 2,9%.

A receita bruta nominal do setor de serviços subiu 1,5% em julho ante junho. Na comparação com julho de 2020, houve avanço de 21,5% na receita nominal. (Estadão Conteúdo e Redação)