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Economia

Com alta de 1,2%, varejo atinge recorde em julho

Crescimento não é homogêneo entre os segmentos pesquisados pelo IBGE

11 de Setembro de 2021 às 00:01
Estadão Conteúdo [email protected]
Comércio eletrônico e a expansão do crédito contribuíram para o desempenho do mês.
Comércio eletrônico e a expansão do crédito contribuíram para o desempenho do mês. (Crédito: DIVULGAÇÃO / MERCADO LIVRE)

Impulsionado pelo comércio eletrônico e pela maior circulação de consumidores, o varejo brasileiro mostrou fôlego em julho. Após um crescimento de 1,2% em relação a junho, o volume vendido alcançou patamar recorde na série histórica da Pesquisa Mensal de Comércio, iniciada no ano 2000 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Após uma revisão nos dados do mês anterior, que saíram de uma queda de 1,7% para uma alta de 0,9% devido ao modelo estatístico de ajuste sazonal, o varejo passou a mostrar uma trajetória de quatro meses de avanços consecutivos, período em que acumulou um ganho de 8,1%. O crescimento, porém, não é homogêneo entre as atividades pesquisadas, ponderou Cristiano Santos, gerente da pesquisa do IBGE. “A maioria das atividades ainda está abaixo do patamar pré-pandemia”, ressaltou Santos.

Segundo ele, as atividades que conseguiram se adaptar mais facilmente ao comércio eletrônico conseguem um desempenho melhor, como a de outros artigos de uso pessoal e doméstico, que inclui as lojas de departamento. A expansão do crédito e o aumento da população ocupada no mercado de trabalho também favorecem o crescimento de segmentos varejistas, enquanto a alta na inflação e a queda na renda das famílias ainda atrapalham os negócios, apontou Santos.

Em julho, o volume de vendas do varejo superou em 5,9% o nível de fevereiro de 2020, no pré-pandemia. No varejo ampliado, que inclui as atividades de veículos e material de construção, as vendas subiram 1,1% em julho ante junho, passando a operar 3,2% acima do pré-pandemia.

No entanto, apenas os segmentos de outros artigos de uso pessoal e doméstico, produtos farmacêuticos, material de construção e supermercados estão vendendo acima do patamar pré-crise sanitária. Os demais estão abaixo: veículos, móveis e eletrodomésticos, vestuário, combustíveis, equipamentos de informática e papelaria.

De acordo com Cristiano Santos, as atividades que conseguiram se adaptar mais facilmente ao comércio eletrônico conseguem um desempenho melhor, como a de outros artigos de uso pessoal e doméstico, que inclui as lojas de departamento. (Estadão Conteúdo)