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Economia

Governo omite índice de risco de racionamento

18 de Agosto de 2021 às 00:01
Estadão Conteúdo [email protected]
(Crédito: Pedro França / Agência Senado)

Na pior crise hídrica da história do País, o governo não divulga um indicador que determine se e quando um racionamento de energia deve ser iniciado. Cálculos sobre as chances de ocorrer uma falta de eletricidade, que eram publicados mensalmente, deixaram de ser informados no início da gestão Bolsonaro. Esse dado, que avalia a situação de suprimento para vários cenários de chuvas, continua a ser calculado, mas deixou de ser o principal instrumento para a tomada de decisões sobre a necessidade ou não de um racionamento, afirma o Ministério de Minas e Energia (MME).

O ministro Bento Albuquerque afirma publicamente que o governo não trabalha com a hipótese de um racionamento de energia, mas o setor privado avalia que a situação não é confortável. Maior consultoria de energia do País, a PSR vê piora na situação e calcula que o risco de haver racionamento no segundo semestre varia de 10% a 40%.

O governo divulgava o “risco de déficit” após reuniões mensais do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE). Desde janeiro de 2019, o dado deixou de ser publicado. Esse indicador avaliava a situação de suprimento com base na série histórica de informações climáticas utilizadas pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). (Estadão Conteúdo)