Economia
Contas do governo têm déficit de R$ 53,6 bilhões
Depois de começar o ano no azul, as contas do governo central (que reúne Tesouro Nacional, Banco Central e INSS) tiveram um déficit expressivo em junho e encerraram o primeiro semestre com um rombo de R$ 53,65 bilhões, informou ontem o Tesouro Nacional.
O resultado foi influenciado pelas despesas extras de combate à Covid-19. Apesar disso, o órgão destacou que os gastos ordinários do governo, como o pagamento da folha salarial e a Previdência, seguem sob controle, graças à manutenção de regras fiscais como o teto de gastos -- que limita o avanço das despesas à inflação.
Só no mês de junho, o déficit foi de R$ 73,5 bilhões. O rombo não é maior porque o governo tem registrado um aumento nas receitas, atribuído à recuperação da economia. Além disso, houve ingresso de R$ 6,3 bilhões de empresas que começaram a pagar os empréstimos do Pronampe, programa de crédito criado na pandemia.
No primeiro semestre, a receita total do governo teve um crescimento real de R$ 203,2 bilhões em relação a igual período de 2020. Mesmo com a recente melhora na arrecadação, o Tesouro ressalta que há um caminho a ser percorrido ainda na direção de um nível de endividamento mais prudente.
Para o Tesouro, o quadro atual é fruto da manutenção e do respeito às regras fiscais, como a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e o teto de gastos. Os gastos da pandemia foram feitos com base em exceções previstas nesses dispositivos, enquanto as despesas normais se mantiveram sob o guarda-chuva das normas. (Estadão Conteúdo)