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Economia

Cafeicultores tentam evitar perdas com as geadas

Cafezais são pulverizados com nitrato de potássio e aminoácidos

29 de Julho de 2021 às 00:01
Estadão Conteúdo [email protected]
Geada já atingiu São Paulo e Minas Gerais em 20 de julho.
Geada já atingiu São Paulo e Minas Gerais em 20 de julho. (Crédito: VALTER CAMPANATO / ARQUIVO AG. BRASIL)

Tratores com pulverizadores acoplados aplicam nitrato de potássio e aminoácidos para aumentar a resistência dos pés de café ao frio intenso na região de Piraju, no interior de São Paulo. É uma medida para evitar perdas com geadas que podem atingir a região hoje ou nos próximos dias. “O potássio reduz o ponto de congelamento da seiva do cafeeiro, que fica mais resistente aos efeitos da geada”, explicou o engenheiro agrônomo e consultor Marcus Dell Agnolo.

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) prevê uma onda de frio até domingo nas regiões Sul, Sudeste e parte do Centro-Oeste. Lavouras da Alta Mogiana, em São Paulo, e do sul de Minas Gerais estarão sujeitas ao fenômeno entre hoje e amanhã, quando as temperaturas mínimas podem chegar a dois graus negativos.

O serviço de monitoramento de geadas do Ministério da Agricultura aponta risco alto no sul e sudoeste do Paraná, com menor intensidade na região noroeste do Estado, além do sul de Mato Grosso do Sul. Na madrugada de amanhã, a previsão de geada se estende a todo o Estado de São Paulo.

A nova onda de frio vai pegar as plantas já fragilizadas pela forte geada do último dia 20 e os cafeicultores se viram como podem na tentativa de reduzir o potencial dos estragos.

Segundo o pesquisador Vinícius Andrade, do Consórcio de Pesquisa Café da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais, a cafeicultura é uma indústria a céu aberto e o produtor precisa avaliar os riscos dos eventos climáticos, como a geada, que ocorre com determinada frequência. (Estadão Conteúdo)