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Economia

G20 Finanças avança para imposto a múltis

10 de Julho de 2021 às 00:01
AFP
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A cúpula de ministros das Finanças e banqueiros dos países-membros do G20 progrediu ontem, em Veneza, no debate para impor um imposto para as multinacionais e pelo fim dos paraísos fiscais e do “dumping fiscal”.

Na reunião, os ministros buscarão um acordo para estabelecer um imposto mínimo global, de pelo menos 15%, sobre os lucros das multinacionais, o que pode mudar radicalmente a arquitetura atual da tributação internacional.

Sob a presidência italiana, os ministros dos 19 países mais ricos do mundo e da União Europeia se reuniram pela primeira vez desde a propagação da pandemia do coronavírus.

A última vez foi em fevereiro de 2020, em Riade, poucos dias antes da detecção dos primeiros focos na Europa.

A zona do Arsenal, em Veneza, foi blindada para a reunião, que também analisa o chamado “Marco Comum para o Tratamento da Dívida”, que contempla a redução do peso da dívida para os países com maiores dificuldades.

Em 1º de julho passado, todos os países do G20 aderiram à reforma tributária, sob a égide da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), mas também precisam chegar a um “acordo político”.

Segundo um rascunho do projeto obtido pela AFP, os ministros das Finanças do G20 devem “aprovar” esse acordo “histórico” para uma arquitetura tributária internacional mais estável e mais justa.

Negociada há anos, a reforma se concentra em dois pilares: fixar uma alíquota mínima global e criar um sistema orientado para distribuir os impostos das grandes corporações de maneira mais justa, de acordo com os lucros obtidos em cada país, independentemente de sua sede.

Tanto o ministro da Economia da França, Bruno Le Maire, quanto o da Argentina, Matín Guzmán, são a favor de uma taxa mínima global acima de 15%. (AFP)