Em dia de forte correção nos mercados globais, com queda das Bolsas e fuga de ativos de risco, o dólar à vista subiu ontem 2,39%, chegando ao patamar de R$ 5,20. É a maior alta porcentual desde 24 de março e maior cotação desde 31 de maio. Segundo analistas, dados mais fracos das economias americana e europeia, aliados ao mergulho do petróleo e das demais commodities, teriam levado investidores a correrem para se abrigar no dólar.

O Ibovespa seguiu o pessimismo, recuando 1,44%, para 125.094,88 pontos. Analistas atribuem o quadro político conturbado a uma combinação de fatores: avanço das investigações da CPI da Covid, mal-estar com a proposta da reforma tributária e temores de uma “guinada populista” do governo de Jair Bolsonaro, sobretudo após a Petrobras anunciar um aumento no preço dos combustíveis em meio à ameaça de paralisação dos caminhoneiros. (Estadão Conteúdo)