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Economia

Auxílio será pago por mais três meses

06 de Julho de 2021 às 00:01
Estadão Conteúdo e Redação
Valor vai de R$ 150 a R$ 375.
Valor vai de R$ 150 a R$ 375. (Crédito: MARCELLO CASAL JR / ARQUIVO ABR (28/4/2021)

Enquanto a equipe econômica ainda prepara o desenho de um novo programa social para substituir o Bolsa Família, o governo anunciou ontem a prorrogação por mais três meses do auxílio emergencial. A ajuda voltada aos mais vulneráveis durante a pandemia de Covid-19 foi prorrogada até outubro, com os mesmos valores de R$ 150 a R$ 375 e com igual alcance de público. O benefício contempla cerca de 39,1 milhões de brasileiros, e a última parcela estava prevista para este mês.

No começo de junho, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), rechaçou a prorrogação do auxílio emergencial para além das parcelas já previstas e defendeu a aprovação, pelo Parlamento, de novo programa social. Mas, em meio à perda de popularidade do presidente Jair Bolsonaro e com a falta de um projeto claro de assistência social, o governo decidiu estender mais uma vez as parcelas do auxílio.

A prorrogação do benefício foi feita por meio de uma medida provisória, e o governo pediu ao Congresso a abertura de um crédito extraordinário de R$ 12 bilhões. O valor vai reforçar os cerca de R$ 7 bilhões que ainda estão disponíveis de um total de R$ 44 bilhões já destinados ao programa -- e que não foram usados porque o número de famílias na nova rodada ficou abaixo do inicialmente projetado.

O crédito extraordinário banca despesas emergenciais e fica fora do teto de gastos, regra que limita o avanço das despesas à inflação. A extensão do auxílio emergencial é uma forma de manter a assistência às famílias em um cenário de risco de agravamento da pandemia de Covid-19 e também evita um “vácuo” até o lançamento da nova política social permanente do governo.

A prorrogação do auxílio ainda vai abrir mais espaço no Orçamento de 2021 para o lançamento da nova política social, que vai suceder o Bolsa Família. Isso porque as famílias contempladas pelo programa são “transferidas” para a folha do auxílio na sua vigência, poupando o orçamento do programa.

Após o presidente Jair Bolsonaro assinar a Medida Provisória que prorroga o auxílio emergencial por mais três meses, até outubro, o ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a prometer a ampliação do Bolsa Família ainda este ano. Segundo o ministro da Cidadania, João Roma, o novo programa social do governo será lançado em novembro. “Estamos prorrogando o auxílio emergencial por mais três meses enquanto acertamos o novo valor do Bolsa Família para o ano que vem”, disse Bolsonaro em breve cerimônia em seu gabinete. (Estadão Conteúdo e Redação)