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Economia

Itens tecnológicos se destacam na pandemia

Intenção de posse de celular, computador e internet de alta velocidade cresceu desde o ano passado

04 de Julho de 2021 às 00:01
Estadão Conteúdo [email protected]
Eletrônicos avançam, mas moradia, educação e plano de saúde continuam na liderança.
Eletrônicos avançam, mas moradia, educação e plano de saúde continuam na liderança. (Crédito: PATRICK FALLON / AFP (24/6/2021))

Entre os vários paradigmas que veio a quebrar, a pandemia levou, no Brasil, a uma mudança no perfil de desejo de posse do consumidor. É o que mostra uma pesquisa encomendada ao Vox Populi pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS).

Como em anos anteriores, contar com um plano de saúde é o terceiro maior desejo do brasileiro, após casa própria e educação. Mas o levantamento aponta crescimento da intenção de posse de carro próprio, de aparelhos celulares, de acesso à internet de alta velocidade e também de computadores.

Ou seja, o período da pandemia deflagrou um processo de redimensionamento dos desejos da população, ainda que isso não interfira no ranking geral. Os quatro itens mais desejados segundo o estudo, tanto entre os que já se beneficiam com um plano quanto os que não, continuam sendo, pela ordem, casa própria, educação, plano de saúde e carro próprio.

Olhando as edições anteriores da pesquisa, de acordo com seus idealizadores, nota-se que houve uma alternância entre educação e casa própria na primeira colocação. Já o plano odontológico, que não era avaliado, ficou na nona posição tanto entre beneficiários quanto não beneficiários.

“O medo de contágio pela Covid-19 fez o carro voltar a ser objeto de desejo do brasileiro como forma de evitar deslocamentos em veículos com aglomerações, enquanto o distanciamento social impôs maior uso de dispositivos eletrônicos e banda larga, para consultas em telemedicina, aulas on-line para filhos em idade escolar”, aponta José Cechin, superintendente executivo do IESS.

De acordo com ele, tanto essa quanto as demais alterações no ranking de bens e serviços desejados podem ser reflexos da crise sanitária atual.

Os índices de intenção de continuar no plano de saúde atual também atingem seu melhor desempenho na série histórica, desde 2015 -- ano em que a pergunta sobre intenção foi inserida na pesquisa. A taxa passou de 86% naquela data para 87% em 2017, 88% em 2019 e 90% em 2021.

O índice recomendação por parte dos beneficiários também apresentou avanço, segundo o estudo. Em 2015, 79% recomendariam para amigos e familiares o seu plano de saúde atual. Em 2021, a taxa passou a 86%. O maior número foi encontrado em Manaus, 92%, e o menor em São Paulo, com 83%.

“A taxa vem em linha com outros números da pesquisa e reforça que o brasileiro passou a valorizar ainda mais o plano de saúde em meio à pandemia de coronavírus”, avalia Cechin. (Francisco Carlos de Assis - Estadão Conteúdo)