Economia
Arrecadação deve aumentar com PIB, diz Guedes
O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que o aumento da arrecadação deve acontecer em linha com a expectativa de crescimento de 5% do Produto Interno Bruto (PIB), previsto no Boletim Focus, vai ser transformado em redução de impostos para famílias e empresas. Guedes disse ontem que, nos anos anteriores, teve de evitar “armadilhas tributárias” que levariam ao aumento da carga tributária em meio a anos seguidos de recessão ou crescimento medíocre. “Não fazia sentido propor alta de impostos em meio a cinco anos de crescimento medíocre. Com a economia crescendo 5%, a arrecadação está crescendo, vamos traduzir para queda de impostos.”
Em sua avaliação, a arrecadação pode crescer mais de 6% este ano e uma parte vai ser traduzida em redução e simplificação de impostos.
O governo está estudando aumentar a faixa de isenção do Imposto de Renda. “Na pessoa física, vamos transformar em aumento da faixa de isenção. Uma pessoa que ganha R$ 1,9 mil, R$ 2 mil, R$ 2,1 mil, R$ 2,3 mil de salário tem que estar isento. Nós vamos pegar 8 bilhões de brasileiros e, de repente dobrar, essa faixa de isenção, porque vamos tributar lá em cima, quem recebe os dividendos, e que estava isento até hoje.”
O ministro também repetiu que será reduzido o imposto para as empresas, em 5% nos próximos dois anos. “Se o presidente for reeleito, é mais 2,5%”, disse, acrescentando que o imposto de pessoa jurídica tem de ser no máximo 25%, já que a média mundial é de cerca de 22%.
As afirmações de Guedes foram feitas em uma live com Josué Gomes e Rafael Cervone, candidatos, em chapa única, à presidência e à primeira vice-presidência da Fiesp, respectivamente.
Sobre a Eletrobras, Guedes disse que preferia uma “privatização clássica”, com a venda pelo preço mais alto e uso dos recursos nas necessidades do País, mas que, diante das disputas políticas em torno da medida provisória que permitiu a concessão do controle da estatal, é ‘compreensível que isso não ocorra‘.
Ministro da Economia critica ‘negacionistas’
Há “negacionistas” na economia, disse ontem o ministro da Economia, Paulo Guedes. Para ele, esses negacionistas não reconhecem a recuperação da atividade econômica brasileira. Durante live, o ministro criticou a imprensa e disse que a maioria das narrativas contra ele é falsa. Guedes disse que erra, assim como o presidente da República, Jair Bolsonaro, mas que atacar o presidente todo dia é atacar a instituição da Presidência, que precisa ser respeitada.
“Há muita guerra política, antecipação da eleição do ano que vem. Tem muito barulho. Há críticas de negacionismo na saúde, mas também há negacionismo com dados da economia”, comentou Guedes, citando que há editoriais de grandes jornais que não reconhecem a melhora da economia.
Segundo o ministro, a democracia brasileira está mais vibrante do que nunca. “As instituições brasileiras estão de parabéns. Estamos sendo testados e aprovados, mas os negacionistas dizem que a economia acabou.” (Estadão Conteúdo)