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Economia colaborativa

81% dos brasileiros pretendem adotar o consumo colaborativo

O estudo foi feito pela CNDL e pelo SPC Brasil

23 de Junho de 2021 às 16:12
Da Redação [email protected]
 Crédito da foto: Marcos Santos / USP imagens
Crédito da foto: Marcos Santos / USP imagens (Crédito: Crédito da foto: Marcos Santos / USP imagens)

Um estudo feito pela Confederação Nacional e Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) aponta o crescimento da economia colaborativa, que apenas em 2021 deve movimentar 150 bilhões de dólares.

Com gavetas abarrotadas do enxoval do pequeno Francisco, a engenheira ambiental Julia Rodrigues de Palma Caserta, de Sorocaba (SP), encontrou em grupos de mães criados no WhatsApp um verdadeiro canal de vendas para as peças de roupas que não serviam mais no filho. Em poucas semanas lá se foram o carrinho de bebê, brinquedos, pares de tênis, roupinhas e uma infinidade de itens infantis.

“Vendi tudo, pois são itens bem conservados, principalmente porque têm pouco uso, pois as crianças crescem rápido e quando a gente vê as coisas não servem mais. É claro que é preciso ter critérios para ofertar as peças, como fotografar os detalhes e em diversos ângulos. Vender itens em bom estado de conservação são algumas das regras de ouro que fazem o sucesso de uma venda”, explica.

As vendas da engenheira ambiental servem para ilustrar um universo emergente que está ganhando ainda mais força na pandemia: a economia colaborativa, que conecta desconhecidos com interesses e necessidades em comum. Indiretamente, com suas ações, eles reduzem o desperdício e aumentam a eficiência dos recursos naturais. Um levantamento feito pela consultoria americana PwC revela que apenas em 2021 os impactos da economia colaborativa no mundo movimentarão 150 bilhões de dólares. Esse número pode chegar a até 335 bilhões de dólares em 2025.

A economia colaborativa não se restringe apenas a venda e troca de produtos de enxoval infantil. Hoje já temos relações de consumo alternativo com o uso de aplicativos de mobilidade como caronas ou até mesmo compartilhamento de veículos. Uber, 99, Cabify e Blablacar são exemplos dessa nova economia, da mesma forma que a plataforma do Airbnb mudou o conceito de hospedagem para viajantes.

Um levantamento feito em 2019 pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) em todas as capitais do País mostra que em um ano aumentou de 68% para 81% o número de pessoas dispostas a adotar ações relacionadas ao consumo colaborativo durante os 2 anos subsequentes à pesquisa (2020 e 2021). No caso específico de vestuário, o estudo da CNDL/SPC revela que um a cada três entrevistados estão dispostos a consumir de formas diferentes e já compartilharam ou alugaram peças de roupas.

O levantamento também aponta que 62% dos brasileiros compraram algum produto usado nos 12 meses que antecederam a pesquisa, incluindo livros, móveis ou automóveis, demonstrando que a cada dia a economia colaborativa estará mais presente em nosso cotidiano, quer seja comercializando um item de enxoval infantil ou fazendo novos negócios de forma globalizada, como a locação pontual de um imóvel ou até mesmo de um quarto para um turista, por exemplo.