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Economia

Mapeamento aponta 299 startups no agronegócio

20 de Junho de 2021 às 00:01
Estadão Conteúdo [email protected]
Empresas atuam na gestão de dados e internet das coisas.
Empresas atuam na gestão de dados e internet das coisas. (Crédito: DIVULGAÇÃO / CNH INDUSTRIAL)

O agronegócio brasileiro conta com 299 startups ativas voltadas ao setor, as chamadas agtechs, aponta o Mapeamento de Agtechs 2021, segunda edição do estudo feito pela Associação Brasileira de Startups (ABStartups). Entre as startups de tecnologias gerais, as voltadas à agropecuária representam 11,8%, ficando apenas atrás das relacionadas à educação e à saúde e ao bem-estar.

“O segmento agro é um dos mais tradicionais e maduros, mas ainda com oportunidades para novas soluções e exponencial crescimento. E os resultados positivos deste estudo só comprovam esse promissor futuro”, afirmou a coordenadora de Informação da Abstartups e responsável pelo estudo, Ana Flávia Carrilo.

Entre as áreas de atuação das startups voltadas ao agronegócio, as agtechs se distribuem em tecnologias para antes da fazenda (10,2%), dentro da porteira (72,6%) e depois da porteira (17,2%) Das startups agrícolas com tecnologias para antes da porteira, 44% atuam com soluções financeiras para o setor -- as agfintechs.

Dentro da porteira, se destacam as startups de gestão de dados agrícolas (41,2%) e, fora da porteira, a maioria atua com plataforma de negociação e marketplace (55,6%). Quanto ao modelo de negócios, 36,9% utilizam software como serviço (SAAS) para gerar receita. Entre as tecnologias mais utilizadas, 22,5% trabalham com aplicação de dados; 19,8% com inteligência artificial e 16,6% com internet das coisas.

A região Sudeste possui a maior presença de agtechs, com 40,8% das mapeadas pelo estudo. São Paulo é o Estado líder em número de agtechs, com 27,4%, seguido pelo Rio Grande do Sul, com 17,2%, e pelo Paraná, com 12,7%. O mapeamento mostrou também que o setor é majoritariamente composto por empreendedores homens, com 85,4% dos fundadores do gênero masculino e de 31 a 40 anos.

Ainda de acordo com o mapeamento, 47,1% das agtechs brasileiras já receberam investimentos -- bem acima da média geral em todos os setores, de 26,7% em 2020. O aporte foi feito por investidores anjo em 33,8% dos casos. A maior parte delas, 54,1%, está em fase de validação e operação. Em relação ao faturamento, 17,8% informaram que têm receita entre R$ 50 mil e R$ 250 mil. O estudo questionou as startups também quanto aos principais desafios em relação à tecnologia que enfrentam. Das agtechs ouvidas, 33,9% apontaram a falta de conectividade e infraestrutura na zona rural como principal obstáculo. (Estadão Conteúdo)