Buscar no Cruzeiro

Buscar

Economia

Secretário defende incentivo à contratação de mulheres

Taxa de participação feminina caiu para 45% na pandemia

19 de Junho de 2021 às 00:01
Estadão Conteúdo [email protected]
Bruno Bianco disse ser contrário a cotas e punições.
Bruno Bianco disse ser contrário a cotas e punições. (Crédito: FABIO POZZEBOM / ARQUIVO AGÊNCIA BRASIL (2/3/2020))

O secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Bruno Bianco, defendeu incentivos para a contratação de mulheres, mas disse ser contrário a punições para quem não emprega funcionários do sexo feminino. “Estamos olhando com muito carinho para políticas que estimulam a contratação da mulher, mas não como foi feito no passado, punindo quem não contrata, criando cotas, mas sim estimulando quem contrate”, afirmou, em evento on-line promovido pela Secretaria de Avaliação, Planejamento, Energia e Loteria (Secap) sobre políticas públicas de emprego.

Em abril, o presidente Jair Bolsonaro sinalizou que vetaria um projeto de lei que pune a discriminação salarial entre homens e mulheres, que acabou sendo devolvido para a Câmara dos Deputados.

No evento, Bianco disse que é fundamental para o Brasil ter políticas ativas de contratação de mulheres. “As mulheres são absolutamente competentes, muitas vezes mais que os próprios homens, com o perdão da brincadeira”, completou.

Após a aprovação pelo Congresso, Bolsonaro disse que ia fazer uma “enquete” nas suas redes sociais para decidir se sancionava ou não a lei que pune empresas que pagarem menos mulheres em funções semelhantes à exercidas por homens com salários maiores. O projeto acabou voltando à Câmara sem ser sancionado pelo presidente.

A proposta determina que a empresa pague à empregada prejudicada uma multa de até cinco vezes o valor da diferença salarial em relação ao homem que ocupa a mesma função. Defensores da igualdade salarial argumentam que a aprovação do projeto é um passo importante para melhorar a representatividade das mulheres no mercado de trabalho.

Menos da metade

Na pandemia, a taxa de participação das trabalhadoras, que já era inferior à dos homens, caiu a 45,8%. Isso significa que menos da metade das mulheres estão em atividade, seja trabalhando, seja buscando emprego. (Estadão Conteúdo)