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Economia

Produção industrial cai em 9 de 15 locais

10 de Junho de 2021 às 00:01
Agência Brasil
Em São Paulo, recuo foi de 3,3% em abril, diz o IBGE.
Em São Paulo, recuo foi de 3,3% em abril, diz o IBGE. (Crédito: GILSON ABREU / ANPR (15/2/2019))

A produção industrial regional recuou em nove dos 15 locais analisados pela Pesquisa Industrial Mensal (PIM Regional) divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na passagem de março para abril, as indústrias locais foram afetadas pelo baixo desempenho do setor de derivados do petróleo.

A produção nacional, divulgada na semana passada, caiu 1,3% em abril frente a março. A queda foi mais acentuada na Bahia, que recuou 12,4%, a maior diminuição desde abril de 2020. Com a quinta taxa negativa, a Bahia acumula perdas de 31,8%.

A Região Nordeste teve a segunda maior queda, de 7,8% no mês, influenciada pelo resultado da indústria de couro, artigos de viagens e calçados. A queda acumulada em cinco meses negativos chega a 17,1%.

São Paulo recuou 3,3%, queda também acima da média nacional, afetada pelo desempenho dos setores de derivados do petróleo, farmacêutico e de outros produtos químicos. Completam os locais com taxas negativas em abril, Goiás (-3,6%), Pernambuco (-2,4%), Santa Catarina (-2%), Ceará (-1,2%), Mato Grosso (-1,1%) e Minas Gerais (-0,9%).

O destaque entre os locais com alta na produção industrial foi o Estado do Amazonas, que subiu 1,9% e teve a segunda taxa positiva seguida, acumulando ganho de 11%. Ao contrário dos que registraram queda, no Amazonas o setor de derivados de petróleo teve bom desempenho. A segunda maior alta foi no Rio de Janeiro, com ganho de 1,5%.

Segundo o IBGE, o resultado de abril foi afetado pelo agravamento da pandemia de Covid-19, com as medidas restritivas, a diminuição da circulação de pessoas e escalas na jornada de trabalho.

Ciesp

“A indústria brasileira vem perdendo relevância nestes últimos 15 anos, e isso tem acontecido cada vez mais rápido”, diz José Ricardo Roriz, vice-presidente do Ciesp e da Fiesp. Para ele, os problemas de infraestrutura e tributação excessiva prejudicam o setor. “A Covid-19 piorou essa situação, mas a origem da questão é bem anterior à pandemia. Uma agenda de reformas estruturais para o Brasil é urgente”, afirma.

Apesar da queda na produção industrial em abril, Roriz ressalta a alta do PIB brasileiro no primeiro trimestre de 2021, que cresceu 1,2%. Houve expansão em todos os setores em relação ao mesmo período do ano anterior, com destaque para o setor de serviços. (Agência Brasil e Redação)