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Economia

Nove montadoras param por falta de eletrônicos

09 de Junho de 2021 às 00:01
Estadão Conteúdo [email protected]
(Crédito: Divulgação GM)

A piora no fornecimento de componentes eletrônicos, com a escassez global de chips, abriu uma nova onda de paralisações na indústria automotiva brasileira. Praticamente metade das fábricas de automóveis do País -- 9 de 21 unidades -- está parando, por períodos que vão de dias a meses, pela indisponibilidade do insumo.

Após a recomposição de parte dos estoques de peças que permitiu ao setor funcionar sem tantas interrupções a partir de meados de abril, seis montadoras foram obrigadas a desligar novamente as máquinas. Volkswagen, General Motors (GM), Hyundai, Renault, Honda e Nissan formam a lista de fabricantes que comunicaram novamente paradas completas ou parciais de produção, algumas em mais de uma fábrica.

A direção da Anfavea, que representa as montadoras no Brasil, reforçou ontem, durante a divulgação dos resultados da indústria automotiva de maio, a visão de que a crise no abastecimento de componentes eletrônicos não tem solução de curto prazo, devendo provocar novas paradas nas fábricas até o fim do ano. A produção de veículos foi de 192,8 mil veículos em maio, 1% a mais do que em abril.

Ao observar que a capacidade de produção global de semicondutores não cobre a demanda deste ano, o presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes, lembrou de previsões de especialistas e fornecedores que apontam para uma normalização no fornecimento do insumo somente em 2022. “Teremos algumas emoções até fim do ano”, afirmou.

Em Piracicaba, o terceiro turno da Hyundai foi suspenso na segunda-feira da semana passada e não volta antes do fim deste mês. A montadora avalia parar também o segundo turno, o que reduziria a uma única jornada o funcionamento da fábrica, que trabalha em três expedientes praticamente desde a sua inauguração em 2012.

As unidades da Volks em Taubaté (SP) e São José dos Pinhais (PR) iniciaram ontem uma paralisação de dez dias porque não há circuitos eletrônicos suficientes para continuar com a produção dos modelos Gol, Voyage, Fox e T-Cross, os carros montados nas duas fábricas. (Estadão Conteúdo)