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Economia

Mercado Livre busca ser mais transparente

30 de Maio de 2021 às 00:01
Estadão Conteúdo [email protected]
 Mercado Livre
Mercado Livre (Crédito: Reprodução )

O Mercado Livre suspendeu pouco mais de 5% dos anúncios publicados em sua plataforma, no segundo semestre. É o que mostra seu primeiro relatório de transparência, que a empresa pretende publicar a cada seis meses. Considerada uma resposta a críticas e uma boa iniciativa por especialistas, o relatório evidencia como a falta de exigências dos órgãos reguladores brasileiros deixa investidores e consumidores sem parâmetros para saber se a companhia tem práticas adequadas em indicadores não financeiros.

O Mercado Livre afirma que, ao tornar os dados públicos, a intenção é incentivar mais empresas a essa prática.

Dos mais de 330 milhões de anúncios feitos na plataforma do Mercado Livre no segundo semestre, cerca de 18,5 milhões foram removidos por violarem a política da companhia ou conterem produtos proibidos por lei. Das remoções, 112,4 mil foram motivadas por denúncias de usuários e os 99,4% restantes foram detectados como impróprios pela empresa.

A categoria mais recorrente nas remoções foi a de “cursos”, segundo o diretor jurídico do Mercado Livre, Ricardo Lagreca. Muitos envolviam violações aos direitos autorais. Foram suspensos mais de 7 milhões de anúncios do tipo.

“Medicamentos, substâncias e produtos para saúde e estética” foi a segunda categoria com mais suspensões. Foram 1,3 milhão de anúncios apagados, por oferecerem produtos não autorizados por lei nos países de atuação da companhia. Os livros digitais piratas vêm logo atrás, no mesmo patamar de 1,3 milhão de suspensões.

Na sequência, vem o comércio ilegal de dados. Foram 1,2 milhão de tentativas de vender contas e conteúdo digital na plataforma.

Além disso, mais de 65 mil anúncios foram removidos devido a preço abusivo ou produtos contrários às normas sanitárias ligadas à pandemia. Estão incluídas aí publicações de cunho enganoso. (Estadão Conteúdo)