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Economia

PIB teve alta no primeiro trimestre, indica FGV

Contribuíram os segmentos industriais metalúrgico, farmacêutico e químico

18 de Maio de 2021 às 00:01
Estadão Conteúdo [email protected]
Levantamento da FGV mostra perda de dinamismo da indústria desde 1990
Levantamento da FGV mostra perda de dinamismo da indústria desde 1990 (Crédito: MIGUEL ÂNGELO / CNI)

Em meio à piora da pandemia de Covid-19, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro recuou 2,1% em março ante fevereiro. No entanto, no fechamento do primeiro trimestre de 2021, a atividade econômica teve uma expansão de 1,7% ante o quarto trimestre de 2020, segundo os dados do Monitor do PIB divulgados ontem pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

O bom desempenho trimestral foi impulsionado por um isolamento social menor que o esperado durante o pior momento da crise sanitária no País, apontou Claudio Considera, coordenador do Núcleo de Contas Nacionais do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV).

Na comparação com março de 2020, a atividade econômica avançou 5,2% em março de 2021. Em relação ao primeiro trimestre do ano passado, houve um crescimento de 1,6% no PIB. “É um resultado que surpreende”, observou Considera.

A melhoria das perspectivas de crescimento da economia neste ano, por causa do desempenho acima do inicialmente esperado no começo do ano, ainda é marcada pela desigualdade de desempenho entre os setores diante da pandemia. Alguns ramos industriais, como as indústrias metalúrgica, farmacêutica e química, estão na dianteira da retomada, indicam dados das sondagens de confiança da FGV.

Segundo Aloisio Campelo Júnior, superintendente de Estatísticas Públicas do Ibre/FGV, os quatro segmentos têm puxado o bom desempenho da confiança empresarial, especialmente os de metalurgia e química, pelo peso relevante que têm na atividade industrial e na economia como um todo.

Por outro lado, os subsetores ainda bastante prejudicados na economia são o comércio de tecidos, vestuário e calçados; outros serviços prestados às famílias, que inclui academia e salões de beleza; serviços de alojamento, como o de hotelaria; serviços de alimentação, entre eles os restaurantes; e outros serviços de transportes, que inclui a aviação.

No caso do comércio de tecidos, vestuário e calçados, o patamar de consumo se mantém abalado por causa do trabalho remoto e da menor circulação de pessoas. (Estadão Conteúdo)