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Economia

Serviços ficam abaixo do nível pré-pandemia

13 de Maio de 2021 às 00:01
Estadão Conteúdo e Redação
Segmentos de caráter presencial recuaram em março.
Segmentos de caráter presencial recuaram em março. (Crédito: LUIZ SETTI / ARQUIVO JCS.)

A queda de 4,0% no volume de serviços prestados no País em março ante fevereiro fez o setor de serviços voltar a operar em patamar inferior ao de fevereiro de 2020, no pré-pandemia. Após alcançarem um nível 0,9% superior ao pré-pandemia em fevereiro, os serviços chegaram a março a patamar 2,8% inferior ao de fevereiro de 2020. Os dados são da Pesquisa Mensal de Serviços, do IBGE.

Os transportes passaram a operar 1,4% acima do nível pré-pandemia, de fevereiro de 2020, enquanto os serviços prestados às famílias ainda estavam 44,4% abaixo.

Os serviços de informação e comunicação estão 4,7% acima do patamar pré-pandemia, e o segmento de outros serviços está 4,7% além. Os serviços profissionais e administrativos estão 3,6% abaixo do nível de fevereiro de 2020.

O setor de serviços depende do avanço da imunização da população contra a Covid-19 para engatar uma recuperação mais consistente, apontou Rodrigo Lobo, gerente da Pesquisa Mensal de Serviços apurada pelo IBGE.

“Dadas as medidas restritivas, dado o aumento de casos de Covid e número de óbitos, ainda há algum tipo de impedimento de funcionamento das empresas de caráter presencial. Isso dificulta uma recuperação mais acelerada do setor de serviços nesse momento”, justificou Lobo.

O pesquisador do IBGE lembra que o mês de março teve uma série de decretos com medidas restritivas para conter a disseminação do novo coronavírus, o que abalou o desempenho de segmentos de serviços de caráter presencial.

Turismo

O agregado especial de atividades turísticas recuou 22,0% em março ante fevereiro. O segmento avançou 127,2% entre maio de 2020 e fevereiro de 2021. Com o retrocesso de março, o segmento ainda precisa crescer 78,7% para retornar ao patamar de fevereiro do ano passado, no pré-pandemia.

As medidas necessárias ao combate da disseminação da Covid-19 atingiram de forma mais intensa e imediata boa parte das atividades turísticas, principalmente o transporte aéreo de passageiros, restaurantes e hotéis. (Estadão Conteúdo e Redação)