Buscar no Cruzeiro

Buscar

Economia

Poupança volta a ter mais depósitos do que saques

07 de Maio de 2021 às 00:01
Estadão Conteúdo e Redação
Abril registrou captação positiva de R$ 3,841 bilhões.
Abril registrou captação positiva de R$ 3,841 bilhões. (Crédito: MARCOS SANTOS / USP IMAGENS )

Em meio à segunda onda da pandemia do novo coronavírus, os brasileiros depositaram R$ 3,841 bilhões líquidos na poupança em abril, informou ontem o Banco Central. Este foi o primeiro mês de captação positiva para a poupança após três meses de saques líquidos. O resultado ocorre na esteira da volta do pagamento do auxílio emergencial para uma parcela da população.

Em abril, os aportes na poupança somaram R$ 267,073 bilhões, enquanto os saques foram de R$ 263,233 bilhões. Este movimento gerou o depósito líquido total de R$ 3,841 bilhões no mês. Considerando o rendimento de R$ 1,745 bilhão da caderneta em abril, o saldo total das contas chegou a R$ 1,019 trilhão.

Abril foi o primeiro mês de 2021 em que houve mais depósitos do que saques na poupança. Nos meses de janeiro, fevereiro e março, os brasileiros haviam retirado recursos da caderneta.

No acumulado de janeiro a abril, a população já retirou R$ 23,701 bilhões líquidos da caderneta. Em 2020, em meio à pandemia do novo coronavírus, a poupança havia registrado dez meses consecutivos de depósitos líquidos (de março a dezembro).

No ano passado, a caderneta havia sido favorecida pelo pagamento de auxílios à população. Além disso, a poupança foi impulsionada em 2020 pela maior cautela das famílias brasileiras. Preocupadas com a renda futura e com medo do desemprego, muitas delas reduziram gastos e passaram a aplicar recursos na caderneta, o que elevou o saldo. Este movimento foi o que o próprio BC chamou de “poupança precaucional”.

Em contrapartida, as famílias passaram a enfrentar, no início de 2021, as tradicionais despesas de início de ano (IPTU, IPVA, matrículas de filhos em escolas particulares e gastos com material escolar), além de um ambiente ainda negativo para a economia. Nos primeiros meses do ano, o governo não pagou o auxílio emergencial, o que também impactou os saldos. (Estadão Conteúdo e Redação)