Investigação
Homem que morreu em explosão no Tatuapé produzia pólvora em casa
A investigação do caso em que um homem morreu, na quinta-feira (13), após a explosão de uma casa utilizada como depósito clandestino de fogos de artifício no Tatuapé, zona leste de São Paulo, indica que ele fabricava pólvora no local. O comandante Vitor Capello Haddad, do Esquadrão de Bombas do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) da Polícia Militar do Estado de São Paulo, disse em entrevista à TV Globo que os indícios apontam que Adir Mariano não apenas montava artefatos explosivos, mas também produzia pólvora.
Segundo Vitor Haddad, foram encontradas ferramentas no local, como prensa, peneira e balança. Ele afirmou ainda que foram apreendidos mais de 1.200 foguetes, que estavam no interior de um veículo e não foram acionados. Entre os itens localizados pelos policiais, havia também uma bomba com quase um quilo de pólvora.
Procurada, a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo disse que o caso é investigado pela 5ª Central Especializada de Repressão a Crimes e Ocorrências Diversas (Cerco), que “trabalha para identificar todos os envolvidos, incluindo eventuais fornecedores do material apreendido.”
Mariano era baloeiro e respondia a dois processos pelo crime, de acordo com o delegado Filipe Soares, da 5ª Cerco. Além da morte de Mariano, a explosão deixou 10 feridos. Ao todo, 23 casas foram interditadas, mas até o fim de sexta-feira (14) apenas 11 permaneciam bloqueadas. (Estadão Conteúdo)