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Dados da ONU

Emissão de gases do efeito estufa cresceu 2,3% em 2024

ONU faz apelo a países para reduzir consequências das mudanças climáticas

04 de Novembro de 2025 às 21:00
Cruzeiro do Sul [email protected]
Expectativa é de alta de 2,3ºC na temperatura até 2100
Expectativa é de alta de 2,3ºC na temperatura até 2100 (Crédito: NARINDER NANU / ARQUIVO AFP (25/10/2025))

 

As emissões de gases do efeito estufa no mundo aumentaram 2,3% em 2024 na comparação com o ano anterior, segundo novos dados da Organização das Nações Unidas (ONU), que voltou a pedir esforços aos países mais poluentes.

Os cientistas concordam que superar um aumento de 1,5ºC em relação aos níveis pré-industriais terá consequências catastróficas e que é necessário fazer todo o possível para evitar este nível de alta da temperatura. Segundo um relatório do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, o mundo ultrapassará nos próximos anos este limite, seguindo a tendência do recorde de emissões de 2024.

O dado foi divulgado poucos dias antes da reunião de cúpula do clima COP30, que acontecerá em Belém, no Pará.

Como ultrapassar o limite de 1,5ºC é considerado inevitável, a atenção está voltada para como limitar as temperaturas a níveis menos arriscados. “Nossa missão é simples, mas não é fácil: fazer com que qualquer excesso de emissões seja o menor e mais breve possível”, declarou o secretário-geral da ONU, António Guterres, durante a apresentação do relatório.

A ONU faz um apelo aos países mais poluentes, principais responsáveis pela crise, para que assumam um compromisso com reduções mais rápidas e significativas, para que a curva de aumento volte a se aproximar de 1,5ºC até o final deste século.

O estudo aponta que, mesmo se os objetivos já aprovados a nível global fossem aplicados totalmente, o aquecimento seria de entre 2,3ºC e 2,5ºC até 2100.

Geleiras

Em estudo divulgado no início de outubro mostrou que as geleiras suíças, particularmente sensíveis à mudança climática, perderam um quarto de seu volume em dez anos. Trata-se da quarta maior redução desde o início das medições, depois das registradas em 2022, 2023 e 2003. (AFP)