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Disputa

Tarcísio tem 38% e Lula 34% para eleição presidencial em SP

Governador fez discurso enfático pela defesa de Bolsonaro na av. Paulista

08 de Setembro de 2025 às 21:48
Cruzeiro do Sul [email protected]
Tarcísio criticou diretamente Alexandre de Morais
Tarcísio criticou diretamente Alexandre de Morais (Crédito: NELSON ALMEIDA)

O atual governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), tem mais intenções de votos para presidente da República entre os eleitores do Estado de São Paulo do que o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), de acordo com pesquisa da AtlasIntel divulgada ontem (8).

Entre os eleitores paulistas, Tarcísio tem 38% de intenções de voto a presidente da República, enquanto Lula tem 34%. Ciro Gomes (PDT) aparece em terceiro, com 9%, enquanto Ratinho Júnior (PSD) e Ronaldo Caiado (União Brasil) obtiveram 4%.

A pesquisa AtlasIntel ouviu 2.059 eleitores de São Paulo no período entre 29 de agosto e 3 de setembro. A margem de erro é de dois pontos porcentuais para mais ou para menos.

Em um eventual segundo turno para a disputa presidencial, Tarcísio venceria Lula no Estado de São Paulo por 52% a 44%. Outros 4% correspondem a brancos, nulos ou não souberam opinar.

A pesquisa também ouviu os eleitores sobre cenários para o governo de São Paulo. No primeiro cenário testado, Tarcísio disputaria o primeiro turno contra os candidatos Guilherme Boulos (PSOL) e Márcio França (PSB). Nesse caso, Tarcísio tem 47,3% de intenções de voto, Boulos chega a 22,6% e Márcio França obtém 18,2%. Felipe D’Ávila (Novo) registra 1,8% e Paulo Serra tem 0,6%.

Caso a disputa tivesse o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSB), Tarcísio continuaria na frente. Esse cenário registra 48,6% de intenções de voto para Tarcísio e 34,2% para

Alckmin. Esse cenário também tem Érika Hilton com 8,3%, Felipe D’Ávila com 1,9% e Paulo Serra com 0,2%.

Discurso

Tarcísio discursou na avenida Paulista durante o ato pela anistia do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), no domingo (7). Ele criticou abertamente o Supremo Tribunal Federal (STF) e disse que “ninguém aguenta mais a tirania de um ministro como Moraes” e que não irá aceitar a “ditadura de um Poder sobre o outro”.

As declarações marcam uma mudança de postura do chefe do Executivo paulista, que normalmente evita criticar diretamente o Supremo, o que já lhe rendeu diversas críticas de bolsonaristas no passado. Dessa vez o discurso foi bem recebido pelos aliados do ex-presidente.

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou também no domingo que os ministros do STF vão entregar a cabeça de Alexandre de Moraes em uma bandeja aos brasileiros porque “sabem que ele foi longe demais”, “sabem que Bolsonaro é inocente” e “sabem que não houve tentativa de golpe” no País.

A declaração do filho do ex-presidente Jair Bolsonaro foi feita em ato no 7 de Setembro, em Copacabana, na zona sul do Rio. “Os outros ministros do Supremo, que eu acredito que sejam pessoas normais, em algum momento, eu espero que seja rápido, vão largar a mão de Alexandre de Moraes”, disse Flávio.

Procedimento médico

Jair Bolsonaro pediu ontem (8) ao ministro Alexandre de Moraes, autorização para realizar um procedimento médico em Brasília no próximo domingo (14), dois dias após a última sessão prevista do julgamento da ação penal da chamada trama golpista, na qual é réu.

No requerimento encaminhado a Moraes, relator do caso, a defesa solicita permissão para que Bolsonaro se desloque até o Hospital DF Star, onde deverá passar por procedimentos descritos co­mo “exérese e sutura de hemangioma, linfangioma ou nevus” (retirada de pequenas lesões ou manchas de pele). (Da Redação, com informações de Estadão Conteúdo)