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Tecnologia

Quase 90% da população brasileira possuem celular

Avanço do uso do aparelho é maior entre idosos e moradores de áreas rurais

24 de Julho de 2025 às 23:04
Cruzeiro do Sul [email protected]
Proporção é de 88,9% considerando pessoas acima de 10 anos
Proporção é de 88,9% considerando pessoas acima de 10 anos (Crédito: FÁBIO ROGÉRIO / ARQUIVO JCS (5/4/2021))

A popularização do celular no País bateu novo recorde. O Brasil encerrou 2024 com 167,5 milhões de pessoas de 10 anos ou mais com telefone móvel para uso pessoal, 88,9% desse contingente etário, revela o módulo de Tecnologia da Informação e Comunicação da Pnad Contínua, divulgado ontem (24) pelo IBGE.

O avanço reflete um salto de 11,5 pontos porcentuais desde 2016 e de 1,3 ponto em relação a 2023. Nas zonas rurais o movimento foi ainda mais intenso: a fatia de usuários saiu de 54,6% há oito anos para 77,2% agora.

O grupo que mais ganhou conectividade foi o de idosos. Entre 2019 e 2024, a proporção de pessoas com 60 anos ou mais que possuem celular subiu de 66,6% para 78,1%. Ainda assim, o aparelho não é unanimidade nessa faixa por dois motivos principais: “O celular é um equipamento básico para comunicação e, ao mesmo tempo que observamos algumas categorias etárias já atingindo praticamente a universalização, para 60% dos idosos a principal razão para não ter o aparelho é, justamente, não saber usá-lo”, explicam os analistas do IBGE, Gustavo Geaquinto Fontes e Leonardo Areas Quesada. A segunda justificativa apontada é a falta de necessidade.

Na população de 10 anos ou mais, a posse de celular passou de 77,4%, em 2016, para 87,6%, em 2023, e atingiu 88,9%, em 2024. Nas zonas rurais, o salto foi ainda maior: de 54,6% de pessoas em 2016, para 77,2%, em 2024.

A presença de telefone móvel varia de 95,2% dos domicílios do Nordeste a 98,5% dos lares do Centro-Oeste. “Em partes, esse percentual é influenciado pelo Distrito Federal, que tem indicadores sociais, como renda, mais alto e é formado por uma estrutura etária mais jovem do que no Sul e no Sudeste”, explicam os analistas.

Entre os que não possuem celular — 11,1% da amostra, ante 18,6% em 2019 —, a preocupação com privacidade e segurança é citada por 24,1% dos jovens de 10 a 13 anos. Os pesquisadores avaliam que a vigilância dos pais pode ser um fator.

Em relação ao telefone fixo convencional, apenas 7,5% dos domicílios tinham o aparelho, enquanto a posse de celular chegou ao maior porcentual da série histórica em 2024 (97%). Em 89,9% dos domicílios havia apenas telefone celular. (Estadão Conteúdo)