Corredores, garagens de ônibus e terminais de passageiros são os principais alvos de uma operação da Polícia Militar que começou ontem (3) para coibir os atos de vandalismo e depredação contra o transporte coletivo.

Segundo a PM, o reforço do policiamento foi organizado a partir de um mapeamento das áreas mais atingidas pelos atos de violência. Conforme a polícia, 60% dos registros ocorreram na zona sul. As ações criminosas, ainda segundo os investigadores, são coordenadas e acontecem a partir das 22h. Os locais com mais ocorrências são avenida Cupecê (20 ataques), rodovia Raposo Tavares (17), avenida Sapopemba (8) e avenida Vereador João de Luca (8).

“Iniciamos a operação por meio de mapeamento e análise criminal dos locais de maiores incidências. Começamos a alocar os ativos operacionais para fazer a prevenção e, se for o caso, a repressão imediata”, disse o coronel Carlos Henrique Lucena, coordenador operacional da PM.

A previsão é de que a operação se estenda até 31 de julho. A polícia também prepara ações veladas, com agentes infiltrados nos coletivos, para tentar prisões em flagrante.

Foram 180 casos registrados até o momento, de acordo com a Polícia Civil. Os investigadores do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) apuram a motivação dos ataques. Por ora, a participação do crime organizado, como a facção Primeiro Comando da Capital (PCC), não é considerada.

“Descartamos, por ora, uma ação de facções criminosas. Isso em razão da ausência de um propósito. Trabalhamos com outras hipóteses que já foram ventiladas, como os desafios de internet (com adolescentes)”, afirmou o delegado Ronaldo Sayeg, diretor do Deic. (Estadão Conteúdo)