O governo de São Paulo publicou no Diário Oficial de segunda-feira (5) uma resolução que cria uma mesa de negociação entre a Secretaria da Educação (Seduc-SP) e o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp). O objetivo é discutir o processo de atribuição de aulas na rede estadual de ensino, alvo de críticas recorrentes por parte da categoria.

A atribuição de aulas é o procedimento que define quais turmas serão lecionadas por cada professor, processo considerado essencial para o funcionamento das escolas. Nos últimos anos, no entanto, professores têm relatado falta de transparência e desorganização, apontando que os critérios de escolha não são claros. Neste ano, as queixas se intensificaram, reacendendo debates sobre a necessidade de mudanças estruturais.

A categoria está em campanha salarial. Entre as reivindicações estão o reajuste salarial de 6,27%, a climatização das salas de aula, a reabertura de classes fechadas e a realização de novos concursos públicos para a rede estadual. Em resposta, o governo estadual enviou à Assembleia Legislativa uma proposta de reajuste de 5% para o magistério e outras carreiras do funcionalismo. A Apeoesp considera a proposta insuficiente.

Apesar da possibilidade de greve, a Seduc-SP e a Apeoesp chegaram a um acordo, suspendendo a possibilidade da paralisação por 20 dias, para permitir a continuidade das negociações. A próxima rodada de negociações será decisiva para definir se as demandas da categoria serão atendidas e se novas paralisações serão evitadas. (Da Redação)