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Devolução

INSS prepara plano para ressarcir aposentados

Proposta deve ser apresentada à Casa Civil da Presidência da República

03 de Maio de 2025 às 21:50
Cruzeiro do Sul [email protected]
Advogado-geral da União conduziu reunião na sexta-feira
Advogado-geral da União conduziu reunião na sexta-feira (Crédito: RENATO MENEZES / ASCOM / AGU (2/5/2025))

O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) está elaborando uma proposta de Plano de Ressarcimento Excepcional para os aposentados e pensionistas que foram vítimas de descontos não autorizados por entidades associativas. A medida foi discutida em reunião na sexta-feira (2), conduzida pelo advogado-geral da União, Jorge Messias, e que contou com a presença do novo presidente do INSS.

O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, pediu demissão do cargo na sexta-feira (2), que foi aceita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

“A proposta está em fase final de elaboração e, tão logo seja concluída, será submetida no início da próxima (desta) semana à Casa Civil da Presidência da República, para posterior apresentação ao Conselho Nacional de Justiça, ao Ministério Público Federal e à Defensoria Pública da União”, informou a Advocacia-Geral da União (AGU), em nota.

A pasta instituiu um Grupo Especial, com suporte da Dataprev e do próprio INSS, para resolver a situação causada a milhões de aposentados e pensionistas.

O novo presidente do INSS afirmou, durante a reunião, que vai determinar a abertura Procedimentos Administrativos de Responsabilização de Pessoas Jurídicas (PAR), com base na Lei nº 12.846/2013 (Lei Anticorrupção), em desfavor das entidades investigadas com indícios de pagamento de propina a agentes públicos, bem como as entidades classificadas na investigação como de fachada.

Da parte da AGU, Jorge Messias determinou, segundo o que foi informado, a instauração de procedimentos preparatórios para ajuizamento de ações de improbidade administrativa.

Deputados de oposição protocolaram, na última quarta-feira (30), um requerimento de criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar os sindicatos envolvidos na fraude do INSS.

A Polícia Federal informou ter reunido indícios da existência de irregularidades em parte dos cerca de R$ 6,3 bilhões que a cobrança das mensalidades associativas movimentou apenas entre 2019 e 2024. Nos dias seguintes, a Cotroladoria Geral da União (CGU) e o próprio INSS tornaram públicos os resultados de auditorias realizadas desde 2023, que também apontavam inconsistências e problemas relacionados ao tema. (Da Redação, com informações da Agência Brasil)