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Presidente Lula evita ato público do dia 1º de Maio

Governo tenta apagar incêndio do escândalo de fraudes no INSS

01 de Maio de 2025 às 22:02
Cruzeiro do Sul [email protected]
Sindicalistas e políticos participaram de evento em SP
Sindicalistas e políticos participaram de evento em SP (Crédito: ROBERTO SUNGI / ATO PRESS / ESTADÃO CONTEÚDO (1/5/2025))

Um ano após o ato esvaziado na comemoração do 1º de Maio de 2024, em São Paulo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não compareceu ao evento, como fez no segundo mandato, em 2007 e 2008. Auxiliares o aconselharam a não comparecer às manifestações promovidas pelas centrais sindicais para não se expor ao constrangimento de um eventual fiasco.

Nos bastidores, ministros admitiram ao Estadão que a esquerda não consegue mais mobilizar número suficiente de trabalhadores para encher um local público. Centrais sindicais realizaram o ato na praça Campo de Bagatelle, em frente ao Aeroporto Campo de Marte, em São Paulo.

Para desviar o foco do escândalo no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e destacar uma agenda positiva no 1º de Maio, Lula decidiu abraçar a proposta que prevê o fim da jornada de trabalho 6 por 1. Foi a principal bandeira das manifestações de ontem em homenagem ao Dia do Trabalhador.

No pronunciamento feito na quarta-feira (30), em rede nacional de rádio e TV, o presidente anunciou que o governo entrará na discussão. “Está na hora de o Brasil dar esse passo, ouvindo todos os setores da sociedade, para permitir um equilíbrio entre a vida profissional e o bem-estar de trabalhadores e trabalhadoras”, disse ele.

Ao mesmo tempo em que os sindicalistas adotaram o fim da escala 6x1 como grande pauta dos atos, o governo vem tentando apagar o incêndio causado pela descoberta de fraudes no INSS, que continua a carbonizar a imagem do presidente. Ele nomeou na quarta-feira o procurador federal Gilberto Waller Júnior como novo presidente do instituto.

A Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União (CGU) deflagraram na semana passada a Operação Sem Desconto, que identificou um esquema de deduções indevidas em benefícios de aposentados e pensionistas.

Também na quarta, a oposição protocolou o requerimento de abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar as irregularidades. (Estadão Conteúdo)