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Aedes aegypti

Governo de São Paulo decreta emergência para dengue e anuncia investimentos

Com 124.038 mil casos e 113 óbitos, Estado amplia recursos para internações de pacientes com dengue

19 de Fevereiro de 2025 às 14:32
Da Redação [email protected]
Líderes de diversas áreas prestaram esclarecimentos sobre a situação da doença no Estado e os anúncios
Líderes de diversas áreas prestaram esclarecimentos sobre a situação da doença no Estado e os anúncios (Crédito: Divulgação/ Governo SP)

O Governo de São Paulo decretou, nesta quarta-feira (19), situação de emergência em saúde pública no Estado, em razão da epidemia por dengue. No momento são 124 mil casos e 113 óbitos nos municípios paulistas. A medida foi anunciada pelo secretário de Estado da Saúde, Eleuses Paiva, durante reunião do Centro de Operações de Emergências (COE) para as arboviroses, realizada no Instituto Butantan, na capital paulista.

Na ocasião, Paiva anunciou também o aumento do financiamento para internações de pacientes com dengue. O acréscimo de 20% no teto MAC (Média e Alta Complexidade) impacta diretamente na assistência prestada pelos hospitais e unidades de saúde conveniadas ao Sistema único de Saúde (SUS) em todas as regiões do Estado.

"O objetivo é garantir que cada município tenha a infraestrutura necessária para adotar as medidas certas no momento certo. Os reforços anunciados são para assegurar que os pacientes recebam a assistência necessária e que os municípios atuem adequadamente para o combate às arboviroses”, destacou o secretário.

De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde (SES), 225 municípios paulistas já atingiram mais de 300 casos de dengue por 100 mil habitantes. O decreto facilita o acesso das cidades a recursos federais e estaduais. Cada gestão municipal, a partir da análise de seu cenário epidemiológico, poderá utilizar a medida estadual para decretar emergência em âmbito local.

No Grupo de Vigilância Epidemiológica (GVE) de Sorocaba, composto por 33 municípios, são 2.343 casos e dois óbitos. Somente em Sorocaba, são 771 casos e uma morte confirmada. Conforme a plataforma de acompanhamento de arboviroses do Governo, nenhuma cidade da Região Metropolitana de Sorocaba (RMS) está em situação de emergência para a doença.

A diretora do Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) da SES, Tatiana Lang, destacou a importância do monitoramento contínuo e do controle dos criadouros. “A conscientização é a medida mais eficaz para combater a doença. E as campanhas desempenham um papel fundamental na conscientização da população e no fortalecimento do combate às arboviroses”.

Reforço nos equipamentos

Outra medida anunciada pela Secretaria da Saúde foi o investimento de R$ 3 milhões na aquisição de 100 novos equipamentos de nebulização portátil e mais 10 de nebulização ambiental. Ao todo, o Governo de SP disponibiliza 730 máquinas portáteis e 55 pesadas para o combate ao mosquito transmissor da dengue.

Medicamentos

Diante do cenário epidemiológico, a SES investiu, ainda, na aquisição de medicamentos, como sais de reidratação oral, soro fisiológico e antitérmicos para o tratamento de pacientes. A Pasta reforçou o estoque com 32 milhões destes itens para apoiar municípios que enfrentarem dificuldade no abastecimento das unidades de saúde.

Ações integradas

Em janeiro deste ano, o Governo de São Paulo anunciou a criação COE de combate ao Aedes aegypti e a antecipação de R$ 228 milhões do IGM SUS Paulista (Incentivo à Gestão Municipal) aos 645 municípios do Estado.

Retorno 

A área de Vigilância Epidemiológica, que apontou a prevalência do sorotipo 3 circulando no Estado, identificado pelas 71 unidades sentinelas que monitoram a circulação do vírus da dengue, do tipo 1 ao 4, em todo o território paulista. O sorotipo 3 da dengue estava com baixa predominância desde 2016 e 2017, foi reintroduzido no Estado de São Paulo em 2023, conforme identificado pelo monitoramento das unidades sentinelas para arboviroses.

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