Segurança pública
Crime organizado se sofisticou, diz Tarcísio
Governador destacou o combate à infiltração de organizações criminosas na economia
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou ontem (24) em entrevista à GloboNews, que é crescente a preocupação com a infiltração de organizações criminosas como o Primeiro Comando da Capital (PCC) em atividades econômicas legais. “Isso é o que mais nos preocupa”, disse o governador, destacando o impacto das operações de lavagem de dinheiro realizadas pelo grupo.
Segundo ele, as operações ilícitas afetam negativamente o ecossistema econômico legítimo, prejudicando a competitividade das empresas que atuam dentro das regras.
Reportagem do Estadão mostrou como o PCC atua no Tatuapé, na zona leste da capital, e utiliza métodos similares aos usados pela máfia italiana, ostentando carros de luxo, imóveis, bitcoin, fintechs e distribuição de combustível para lavar dinheiro. O bairro também é marcado por acertos de conta sangrentos.
Tarcísio enfatizou que, uma vez que o crime se desenvolve, o governo também precisa aprimorar suas estratégias. “Na medida em que o crime vai se sofisticando, a gente tem que sofisticar também o nosso aparato para combatê-lo”, disse o governador.
“Nós estamos adquirindo sistemas muito sofisticados e começamos a fazer operações juntamente com o Ministério Público também em áreas que normalmente não havia a operação e a gente tinha um rumor que havia ali a participação do crime. Então, a gente começou a enfrentar, por exemplo, o crime nas empresas de ônibus. Enfrentamos a infiltração política dentro das prefeituras, estamos enfrentando a questão da lavagem do dinheiro em certos estabelecimentos comerciais”, explicou.
Entre os setores econômicos que o PCC está infiltrado estão o comércio de carros de luxo, combustíveis e organizações de saúde. “A gente está se preparando para atacar todos os ramos econômicos. Seja o comércio de carros de luxo, seja o comércio ilegal de combustíveis, seja infiltração em organizações de saúde, a lavagem de dinheiro em alguns estabelecimentos comerciais recicladores de ferro”, acrescentou. (Estadão Conteúdo)