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Segurança pública

Brasil tem menor número de homicídios desde 2011

Anuário de Segurança Pública mostra alta em estelionatos e estupros

18 de Julho de 2024 às 21:50
Cruzeiro do Sul [email protected]
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O Brasil teve, em 2023, queda pelo terceiro ano seguido no número de homicídios, segundo o Anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, divulgado ontem (18). Com isso, o País chegou ao menor patamar desde que a série histórica começou, em 2011, além de ser a primeira vez nesse período em que foram contabilizados menos de 47 mil óbitos.

Foram 46.328 homicídios no ano passado no Brasil, taxa de 22,8 casos para cada 100 mil habitantes. Isso equivale a uma queda de 3,4% ante o indicador do mesmo período de 2022.

Por hora, a média é de 5 assassinatos no Brasil. O número, apesar da redução, ainda é considerado mais alto não só do que a média mundial, mas em relação a outros países da América Latina

Em meio a esse cenário, especialistas reforçam a necessidade de medidas focadas em rotas do narcotráfico — que reúnem algumas das cidades mais violentas — e em excessos cometidos pela polícia.

Os Estados que reúnem as maiores taxas são Amapá (69,9) e Bahia (46,5), onde, segundo especialistas, a atuação mais violenta da polícia se soma à forte presença do crime organizado para consolidar novas rotas do tráfico — Primeiro Comando da Capital (PCC) e Comando Vermelho (CV) são as principais facções do País

Já os menores índices de homicídios em 2023 foram os de São Paulo (7,8) e Santa Catarina (8,9). O maior recuo em números percentuais foi em Rondônia (-14,2%), ainda que o Estado siga com taxa elevada (29,2).

Estupros

Um caso de estupro é registrado a cada seis minutos no Brasil. Ao todo, 83.988 ocorrências foram contabilizadas em 2023, ante 78.887 no ano anterior. A taxa do crime para cada 100 mil habitantes saltou 6,5%: foi de 38,8 para 41,4.

Em linhas gerais, praticamente todas as modalidades de violência contra a mulher cresceram em 2023, segundo o Anuário. A taxa de feminicídios saltou 0,8%, enquanto a de importunação sexual, por exemplo, aumentou 48,7%. Como reflexo disso, a concessão de medidas protetivas de urgência cresceu consideravelmente (26,7%)

Golpes

Os crimes contra o patrimônio, como roubos de veículos, caíram no ano passado, mas um deles não para de crescer: o estelionato, especialmente aquele praticado por meio virtual. Entre os motivos para a alta, está a popularização do Pix e outros aplicativos bancários.

O total de estelionatos cresceu 8,2% no País no ano passado ante 2022. Foram quase dois milhões de pessoas vítimas de algum tipo de golpe. (Estadão Conteúdo)