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Arqueologia

Fóssil de dinossauro é achado após chuvas no RS

Erosão expôs material no município de São João de Polêsine

17 de Julho de 2024 às 21:58
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Paleontólogos trabalham agora na identificação da espécie
Paleontólogos trabalham agora na identificação da espécie (Crédito: RODRIGO TEMP MÜLLER / DIVULGAÇÃO)

Um fóssil de um dinossauro que viveu há cerca de 230 milhões de anos e, provavelmente, tinha 2,5 metros de comprimento foi encontrado por pesquisadores ligados à Universidade Federal de Santa Maria (UFMS) no município de São João do Polêsine, no interior do Rio Grande do Sul.

A descoberta ocorreu em meio à criação de uma espécie de força-tarefa expedicionária após as chuvas históricas que atingiram o Estado neste ano. Se, por um lado, a erosão do solo torna os fósseis mais visíveis, por outro, é preciso correr contra o tempo para evitar que o material seja danificado.

“Depois das chuvas, a gente começou a fazer um monitoramento dos sítios, porque a erosão vai fazer com que os fósseis se tornem expostos. Estamos fazendo um monitoramento mais forte para não perder nenhum material”, disse Rodrigo Müller, paleontólogo da UFSM que liderou a equipe que identificou o novo fóssil.

Ele conta que o material encontrado já havia sido parcialmente danificado por causa do efeito da erosão. Ainda assim, Müller acredita que esse é o segundo fóssil mais completo já achado no mundo de um dinossauro do grupo Herrerasauridae.

“Esse é um grupo de dinossauros que está entre os mais antigos do mundo. São todos carnívoros e bípedes. Dentro desse grupo, a primeira vez que a gente conseguiu um esqueleto completo foi aqui mesmo no Rio Grande do Sul durante uma escavação em 2014”, conta o paleontólogo.

A próxima etapa do trabalho será identificar a espécie a que pertenceu o dinossauro. O trabalho ainda deve demorar alguns meses para ser concluído e não está descartada a possibilidade de que o fóssil seja de um dinossauro ainda não identificado. (Estadão Conteúdo)