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Após enchentes

Moradias provisórias no RS geram divergência

Presidente Lula discordou de declaração do governador Eduardo Leite

11 de Junho de 2024 às 23:00
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Habitações seriam semelhantes às doadas por agência da ONU
Habitações seriam semelhantes às doadas por agência da ONU (Crédito: JOEL VARGAS / GOV. DO RS)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vetou a ideia de o governo federal investir recursos da União para a construção de moradias provisórias aos cidadãos gaúchos diante das enchentes que acometem a região. A fala do chefe do Executivo ocorreu dias após o governador do Estado, Eduardo Leite (PSDB), ter anunciado a instalação de 500 casas provisórias em três regiões afetadas pelas enchentes.

A declaração de Lula ocorreu ontem (11) durante anúncio de acordos indenizatórios às famílias proprietárias de moradias em edifícios da Região Metropolitana de Recife. No discurso, Lula disse ter comunicado ao ministro das Cidades, Jader Filho, que o governo federal não fará investimentos em casas provisórias.

“É melhor dizer a verdade para o povo, é melhor dizer que destruir é muito rápido, construir é muito demorado, mas a gente vai ter que encontrar terreno sólido, vai ter que fazer casa com rua, com esgoto, com água, com energia elétrica, com área de lazer para as crianças, com escola”, acrescentou Lula.

Na sexta-feira (7), Leite anunciou que 500 casas provisórias serão instaladas em três regiões afetadas pelas enchentes: Eldorado do Sul (250), Região Metropolitana (100) e Vale do Taquari (150). De acordo com o governo gaúcho, as unidades são destinadas às famílias cujas casas foram totalmente destruídas ou estão com estrutura condenada.

As unidades habitacionais serão em construção modular com base metálica e terão 27 metros quadrados. Elas contarão com um dormitório, sala/cozinha conjugadas e banheiro, mobiliário planejado e eletrodomésticos.

No início da tragédia do Rio Grande do Sul, Lula e Leite falavam sobre a união entre os Poderes para enfrentar a crise. Contudo, especialmente após o governo federal nomear Paulo Pimenta como ministro designado para acompanhar a reconstrução do Estado, a relação se distanciou. (Estadão Conteúdo)