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Clima

RS completa um mês do início das inundações

28 de Maio de 2024 às 23:00
Cruzeiro do Sul [email protected]
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O Rio Grande do Sul completa um mês do início de inundações com uma situação ainda muito longe até de um “novo normal”. Com a formação de um ciclone pela costa sul ontem (28), sistemas de drenagem colapsados e parte dos cursos d’água acima da cota de inundação, a população teme uma demora ainda maior no retorno para a casa, o trabalho e a escola, assim como na retomada dos diversos serviços básicos que continuam impactados.

Partes da região sul, região metropolitana, litoral e Serra Gaúcha estão em alerta de risco geológico e hidrológico, com ventos fortes (acima de 80 km/h) e chuva intensa. Também há previsão de possível ressaca no litoral. As ventanias influenciam e dificultam o escoamento da água a depender da direção.

Bairros seguem inundados em Porto Alegre, Canoas e outros municípios da região metropolitana, diante de problemas nos sistemas de escoamento.

Na região sul, cidades, como Pelotas, enfrentam impacto da cheia e temem maior elevação nos próximos dias. “O momento é crítico e de alerta total”, resumiu Paula Mascarenhas (PSDB), prefeita da cidade, em postagem no dia de ontem.

Além disso, a busca por 53 desaparecidos segue em curso, com dificuldade nos trabalhos, principalmente em áreas de deslizamento, devido à chuva e solo encharcado. Ao todo, foram confirmados 169 óbitos.

Grande parte dos estabelecimentos comerciais, de serviços e industriais não retornou, assim como estão sendo contabilizados danos às lavouras.

Ao todo, a chuva extrema, as enchentes e os deslizamentos afetaram mais de 2,3 milhões de pessoas em 469 dos 497 municípios. Segundo a Defesa Civil, 48,7 mil pessoas seguem em abrigos por tempo indeterminado, enquanto mais de 581,6 mil foram desalojadas (morando “de favor” na casa de amigos, parentes e conhecidos, dentre outras situações).

Parte dos bairros segue inundado na capital gaúcha e de outros municípios da região metropolitana, com o Lago Guaíba, o rio dos Sinos e o rio Gravataí acima da cota de inundação. A situação preocupa principalmente no entorno da Lagoa das Patos (na chamada Costa Doce), por ser onde deságua o Guaíba (e, consequentemente, as águas de outros grandes rios que passam por Porto Alegre).

Pesca

Famílias que vivem da pesca artesanal na Lagoa dos Patos afirmam que a atividade econômica na região foi prejudicada e vai demorar para se recuperar. Na Colônia Z3, uma comunidade de pescadores às margens da lagoa, na zona rural de Pelotas, cerca de 4 mil pessoas foram atingidas pelas inundações, que encobriram casas, peixarias e destruíram apetrechos de pesca, refrigeradores e outros materiais de trabalho dos profissionais. (Estadão Conteúdo e Agência Brasil)