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Rio Grande do Sul

Porto Alegre empresta bombas para drenar água

No pico da inundação, só quatro de 23 casas de bombeamento estavam operando

21 de Maio de 2024 às 22:34
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Ruas do centro da capital gaúcha ainda estão submersas
Ruas do centro da capital gaúcha ainda estão submersas (Crédito: NELSON ALMEIDA / AFP (20/5/2024))

Com o sistema contra enchentes de Porto Alegre em parte colapsado, equipes começaram a instalar bombas drenantes emprestadas. A força-tarefa é voltada a recuperar o escoamento em bairros que seguem parcialmente submersos pela água, especialmente na zona norte — o que inclui o entorno do Aeroporto Salgado Filho e da Arena do Grêmio. Os trabalhos envolvem agentes locais e de companhias de saneamento, guardas civis e mais reforços de outros Estados.

O Lago Guaíba tem reduzido lentamente de nível em meio a oscilações e um repique no início da semana passada, com prognóstico atual de que siga acima da cota de inundação — na qual está desde o dia 2 — até o início de junho, a depender das chuvas e do vento. Na zona norte da capital do Rio Grande do Sul, alguns bairros também são afetados pela cheia do rio Gravataí, enquanto as ilhas e a parte dos bairros ribeirinhos da região sul não têm diques de proteção.

Com problemas nas casas de bombas e comportas, a maior parte do sistema que drenaria a água para fora da área urbana não está funcionando, assim como os diques de proteção dificultam o escoamento. No pico da crise, quatro das 23 casas de bombas estavam operando. Hoje, são cerca de nove após uma força-tarefa.

Essa gradual retomada exigiu a troca de equipamentos elétricos e motores, além de intervenções improvisadas para permitir a drenagem das estações de bombeamento inundadas — com o isolamento do entorno com pedregulhos e sacos de areia e cimento, por exemplo. A enchente é a maior da história da cidade, com pico de 5,35 metros, enquanto a cota de inundação é de 3 metros.

Previsão

O Rio Grande do Sul deve ser novamente atingido por chuvas fortes nesta semana. A entrada de umidade na região será favorecida por uma área de baixa pressão sobre o Paraguai, e até sexta-feira (24) há previsão de temporais em todo o território gaúcho. Segundo a agência Climatempo, há previsão de pancadas, médias e fortes, com raios e ventos de até 70 km/h. (Estadão Conteúdo)