Tráfico
Drogas K fazem mortes em presídios de Minas Gerais
Entorpecente sintético é usado por presos e tem efeito mais potente
Chegou a 14 o número de mortes suspeitas em dois presídios de Ribeirão das Neves, região metropolitana de Belo Horizonte. Os óbitos foram registrados desde dezembro do ano passado e a principal suspeita é que tenham relação com o uso de drogas K nas penitenciárias. A morte mais recente aconteceu na sexta-feira (19). As vítimas eram oriundas das penitenciárias Antônio Dutra Ladeira e Inspetor José Matinho Drumond.
As mortes são investigadas pelo Departamento Penitenciário de Minas Gerais (Depen-MG) e pela Polícia Civil. A corporação alegou estar aguardando a finalização de laudos toxicológicos nas vítimas e do material apreendido para definição da dinâmica dos óbitos.
De acordo com a corporação, cada caso é investigado individualmente e “a depender da complexidade, outras diligências deverão ser cumpridas para o esclarecimento dos fatos”.
Essas drogas, difundidas inicialmente nos presídios, foram criadas em laboratório e, ainda que sejam atreladas à maconha, não vem da planta cannabis sativa e tem efeito até cem vezes mais potente do que o entorpecente comum.
Diante da possibilidade das mortes estarem atreladas ao uso de drogas, a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança de Minas afirma que revistas são feitas de forma rotineira em visitantes e nas celas, com o objetivo de coibir a entrada e permanência de materiais ilícitos nas unidades prisionais.
“Especificamente, o Depen-MG realiza uma grande campanha interna sobre os malefícios do consumo de álcool e drogas, em parceria com a Subsecretaria de Políticas sobre Drogas, da Sejusp”, diz a nota divulgada pela pasta. (Estadão Conteúdo)