Conscientização
Seduc adota guia para inclusão de alunos com autismo
A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP) participou da 1ª Jornada Estadual de Conscientização sobre o Autismo, organizada pela Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência (SEDPcD). Durante o evento, foi lançado o guia “Transtorno do Espectro Autista: Diretrizes para o Ensino Fundamental e Médio nas Escolas Paulistas”, construído pela Universidade Estadual Paulista (Unesp). O material será distribuído a todas as 5,3 mil unidades da rede e será base para a construção de ações de inclusão que devem envolver professores, estudantes e membros da comunidade escolar.
Atualmente, 19,9 mil estudantes com autismo estão matriculados nas escolas estaduais paulistas e são foco do desenvolvimento do novo guia. O material será distribuído de duas maneiras, em formato impresso e digital, de forma que todas as unidades sejam alcançadas e passem a trabalhar simultaneamente com o apoio do guia.
O guia lançado na terça-feira (2), Dia Mundial da Pessoa com Autismo, também embasará o trabalho de novos profissionais que passarão a integrar as equipes escolares a partir do segundo semestre deste ano, conforme anunciou o secretário da Educação, Renato Feder, durante o evento. “Agora vamos contratar 400 profissionais para apoiar as atividades. Eles estarão nas nossas escolas a partir do mês de agosto. Estamos desenvolvendo um trabalho para conectar, atender e desenvolver bem os nossos estudantes”, disse Feder.
Os profissionais de apoio escolar para atividades escolares serão contratados por meio de licitação, já iniciada pela Seduc, e em formato de projeto inicial. Eles serão acompanhados pela equipe técnica, com objetivo de expandir o número de contratados nos próximos anos. No dia a dia escolar, espera-se que esses profissionais acompanhem estudantes com TEA e com outras deficiências na inclusão social, educacional e no acompanhamento das aulas.
O guia
Na Unesp, o guia foi desenvolvido por meio da Coordenadoria de Ações Afirmativas, Diversidade e Equidade (Caadi) e do Laboratório de Tecnologias para o Desenvolvimento e Inclusão de Pessoas (LaTeDIP).
Após o lançamento, a Seduc-SP, por meio do Departamento de Modalidades Educacionais e Atendimento Especializado (Demod), dá início a uma série de diálogos com as equipes de educação inclusiva das 91 diretorias regionais de ensino do Estado, de forma a expandir o trabalho a partir desse guia.
Nas escolas, a implantação do guia pretende apoiar as equipes a derrubar mitos, estereótipos e preconceitos a respeito de crianças, adolescentes e adultos com TEA, como mais uma ferramenta educacional para a cultura inclusiva e assertiva, com orientações aos educadores, pais, estudantes e comunidade em geral, com vistas a inspirar na construção de práticas dentro e até mesmo fora do ambiente escolar. (Da Redação com informações da Seduc-SP)
Governo autoriza acompanhante de aluno em sala de aula
O governador Tarcísio de Freitas assinou decreto autorizando que estudantes com deficiência, entre as quais o Transtorno do Espectro Autista (TEA), contem com a assistência de atendente pessoal, membro da família ou não, durante a rotina escolar. O Decreto 68.415 foi publicado no Diário Oficial de ontem (3). A Secretaria de Estado da Educação editará normas complementares.
Durante a permanência na escola, poderão contar com atendentes pessoais os estudantes diagnosticados com TEA, com deficiência intelectual, com Transtorno Global de Desenvolvimento (TGD) ou com deficiências múltiplas associadas. O atendente pessoal poderá assistir ou prestar cuidados básicos e essenciais ao estudante com deficiência em seu dia a dia escolar.
Esse atendente terá a sua atuação integralmente custeada pelo representante legal do estudante e deverá ter as habilidades necessárias para auxiliá-lo. Não caberá ao atendente exercer atividade pedagógica nem ele poderá interferir nas funções desempenhadas pelos servidores estaduais da educação. (Da Redação, com informações do Governo de SP)
Credencial veicular quer sensibilizar motoristas
Desde terça-feira (2), mais de 45 mil pessoas com TEA já cadastradas pelo Governo de São Paulo poderão ter acesso a uma identificação veicular oficial que pretende sensibilizar motoristas sobre as crises que a poluição sonora pode provocar. O documento estadual estampa a frase “Pessoa com Autismo a bordo. Seja gentil, não buzine” e a fita de quebra-cabeças que simboliza o esclarecimento da sociedade sobre os direitos de indivíduos com TEA.
A credencial deve ser colocada no vidro traseiro dos veículos cadastrados e foi desenvolvida por equipes da Secretaria de Gestão e Governo Digital e da Prodesp empresa de tecnologia do Governo de São Paulo , com apoio do Detran-SP.
A identificação veicular pode ser solicitada gratuitamente no portal da CipTEA (https://ciptea.sp.gov.br/), que também viabiliza a Carteira de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista. O procedimento é simples e ágil: após entrar na área logada do site, basta clicar em “Cadastro de Veículo” e inserir a placa e Renavam. Depois, é só seguir as instruções do portal. (Da Redação, com informações do Governo de SP)
Urina ajuda Butantan a identificar biomarcadores
Pesquisadores do Instituto Butantan identificaram potenciais biomarcadores em amostras de urina de pessoas com TEA, que podem auxiliar no desenvolvimento de métodos complementares de diagnóstico e acompanhamento da evolução do quadro. O trabalho foi publicado na revista Biomarkers Journal e indicou diferenças na concentração total de proteínas e aminoácidos na urina de indivíduos com autismo e de pessoas sem o transtorno.
Foram analisadas amostras de 22 crianças diagnosticadas com TEA, com idades entre 3 e 10 anos, e de 22 crianças neurotípicas como grupo controle. Os participantes foram selecionados no Centro de Especialização Municipal do Autista, em Limeira (SP), e na Associação de Pais e Amigos do Autista da Baixa Mogiana, em Mogi Guaçu (SP).
Os testes apontaram alterações nas quantidades dos aminoácidos arginina, glicina, leucina, treonina, ácido aspártico, alanina, histidina e tirosina na urina das crianças com autismo. “Os níveis anormais de proteínas e aminoácidos podem estar relacionados a diversos sinais observados em pessoas com TEA”, informa o artigo. (Da Redação, com informações do Governo de SP)