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Moradores de prédio evacuado na Praia Grande relatam estrondos

14 de Fevereiro de 2024 às 23:01
Cruzeiro do Sul [email protected]
O edifício foi evacuado e não há data para o retorno
O edifício foi evacuado e não há data para o retorno (Crédito: LUIGI BONGIOVANNI / ESTADÃO CONTEÚDO)

 

Moradores do prédio residencial de 23 andares interditado na terça-feira (13) na Praia Grande, no litoral de São Paulo, relataram terem ouvido estrondos quando três das colunas de sustentação apresentaram avarias. Na hora, muitos acharam que tinha havido um terremoto.

A Defesa Civil afirma que a estrutura foi escorada e que o prédio não corre risco iminente de desabar. A construtora do prédio disse que já tomou providências para reparar as colunas e dá assistência aos moradores.

Após a evacuação de funcionários e moradores, o edifício permanece interditado e sem previsão de ser reaberto. A prefeitura informou que a interdição total permanecerá até que a construtora apresente documentação técnica sobre a segurança do prédio. A Construtora JR, responsável pelo edifício, disse que as providências estão em andamento.

O Residencial Giovannina Sarane Galavotti, localizado na Avenida Jorge Hagge, no bairro da Aviação, possui 23 pavimentos, dos quais 19 são residenciais, com 133 apartamentos. Os pavimentos do subsolo são utilizados como garagem.

O prédio estava ocupado por 230 moradores fixos e algumas dezenas de visitantes ou inquilinos de veraneio. Por volta das 14h, moradores relataram terem ouvido estouros e perceberam trincas próximas às janelas. Assustados, eles começaram a deixar espontaneamente o prédio.

A técnica de enfermagem Larissa Ribeiro tinha acabado de colocar o carro na garagem do edifício, quando ouviu um estouro. “Parecia estouro de pneu, mas senti que o pavimento tremeu. Pensei em terremoto, manobrei o carro e saí. Quando estacionei na rua, os moradores já estavam deixando o prédio.”

Um morador relatou que sua esposa dormia no sofá quando aconteceu o primeiro estrondo. “Ela pulou do sofá acreditando que o móvel tinha quebrado, mas logo percebeu que era algo com o prédio e desceu correndo com outros moradores”, disse.

Técnicos da Secretaria Municipal de Urbanismo, da Defesa Civil e peritos do Corpo de Bombeiros entraram no edifício. Após uma avaliação, foi constatado que três colunas apresentavam fissuras

“Houve um cisalhamento (ruptura por esforço, geralmente causada por excesso de peso) de três pilares. O motivo será avaliado através de laudo estrutural de emergência”, disse o capitão Thiago Duarte, do 6º Grupamento de Bombeiros da Baixada Santista

Segundo ele, a avaliação da Defesa Civil foi de que não há risco de iminente de desabamento, “mas todas as precauções foram tomadas”. Além da desocupação do prédio, foi esvaziada a caixa d’água e foram retirados todos os veículos do estacionamento.

Também foi providenciado um escoramento de emergência com pontaletes -- peças verticais que reforçam um ponto da construção que recebe muita carga -- até que a construtora realize obras definitivas de reforço na sustentação da estrutura. (Estadão Conteúdo)