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Apesar da greve, Tarcísio promete seguir no propósito de privatização

28 de Novembro de 2023 às 23:01
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Mesmo com a menor adesão, greve causou transtornos
Mesmo com a menor adesão, greve causou transtornos (Crédito: EDI SOUSA / ATO PRESS / ESTADÃO CONTEÚDO)

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), adotou um tom duro contra as greves dos metroviários, da CPTM e da Sabesp na manhã de ontem (28). Além de classificar a paralisação como “ilegal” e “oportunista”, reafirmou que, mesmo com o movimento, o governo pretende continuar com o processo de privatização das companhias que motivaram a deflagração de mais essa greve, como a Sabesp.

“Os estudos para concessões, não vão parar. Não adianta fazer greve com esse mote. Vamos continuar estudando, vamos continuar tocando, porque nós dissemos que faríamos”, disse o governador, em coletiva no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista. Parar os serviços, disse, não adianta “absolutamente nada”.

Tarcísio pontuou, durante a coletiva, que as privatizações faziam parte do seu programa de governo, e que não respeitar o processo, seria “desrespeitar a vontade das urnas”, discurso que sua base tem adotado nas discussões envolvendo a privatização da Sabesp na Assembleia Legislativa do Estado.

Transtornos

São Paulo teve ontem mais um dia de trânsito complicado, causado pela greve conjunta de metroviários e ferroviários contra privatizações. Mas, diferentemente de outubro, a iniciativa teve menor adesão e a maioria das linhas funcionou parcialmente. Mesmo assim, um suposto excesso de atestados médicos na Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) será investigado.

O governo do Estado destacou que não foi cumprida a decisão judicial que exigia operação mínima acima de 80% nos horários de pico. O governo alegou que o funcionamento parcial se deu pela adoção de um plano de contingência e a paralisação no metrô foi de 90% -- enquanto a Sabesp, foco das queixas, teve 5% de faltas. Na CPTM, o funcionamento chegou a 60% -- e precisaria atingir 85% no pico. (Estadão Conteúdo)