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Brasileiros relatam momentos de tensão

13 de Outubro de 2023 às 23:01
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Shahed Albanna, de 18 anos, temia por um bombardeio
Shahed Albanna, de 18 anos, temia por um bombardeio (Crédito: REPRODUÇÃO / VIDEOCONFERÊNCIA)

Com o ultimato israelense e uma iminente invasão do Norte da Faixa de Gaza, o Itamaraty decidiu remover os 13 brasileiros que estão refugiados em uma escola no sudoeste da Cidade de Gaza. Eles demonstraram interesse em ser repatriados e, desde então, o governo brasileiro tenta retirá-los do território palestino por uma passagem terrestre pelo Egito.

A previsão é que um ônibus leve os brasileiros para a cidade de Khan Yunis, no Sul da Faixa de Gaza e a cerca de 10 quilômetros da cidade de Rafah, no Egito. O comboio tinha previsão de sair da escola na manhã de hoje (14) no horário local, madrugada deste sábado no horário de Brasília.

Em Khan Yunis, eles deverão se reunir aos cerca de 12 brasileiros que estão na cidade e também aguardam a repatriação. Ao todo, o governo brasileiro estima que 30 brasileiros possam ser repatriados, mas esse número está variando a todo momento, em meio à escalada do conflito em Gaza. A documentação de 28 deles foi entregue ao governo do Egito.

Ontem, a área próxima à escola na Cidade de Gaza onde estão os brasileiros foi bombardeada. A brasileira Shahed Albanna, de 18 anos, que está na escola, enviou um áudio no qual é possível ouvir o som de bombas caindo nas proximidades.

Em seguida, Shahed encaminhou vídeo mostrando pessoas abrigadas na escola em um único cômodo, como forma de se proteger de possíveis bombas. Shahed nasceu no Brasil e foi a Gaza com a irmã, de 13 anos, para visitar a mãe que estava doente e faleceu de câncer. Elas estão ainda acompanhadas pela avó.

De acordo com a embaixada brasileira em Ramala, na Cisjordânia, o ônibus que faria a retirada dos brasileiros demorou a chegar “porque a via principal da Cidade de Gaza foi atacada durante o trajeto”.

O Itamaraty informou que a embaixada brasileira de Tel Aviv solicitou formalmente ao Governo de Israel que não bombardeie a escola. (Estadão Conteúdo e Agência Brasil)