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Dois jovens brasileiros são achados mortos em Israel

Resta ainda uma desaparecida, a carioca Karla Stelzer, de 41 anos

10 de Outubro de 2023 às 23:01
Cruzeiro do Sul [email protected]
A carioca Bruna Valeanu
A carioca Bruna Valeanu (Crédito: REPRODUÇÃO / REDES SOCIAIS)

Foram confirmadas ontem (10) as mortes dos brasileiros Ranani Glazer, de 23 anos, e Bruna Valeanu, de 24, que estavam em uma rave no sul de Israel quando houve o ataque terrorista do Hamas, no sábado (7). Com isso, até a noite de ontem havia somente uma brasileira ainda considerada desaparecida, a carioca Karla Stelzer Mendes, de 41 anos de idade.

Ranani Nidejelski Glazer, natural de Porto Alegre (RS), tinha cidadania israelense. Vivia há sete anos em Israel e lá prestou serviço militar. Ele estava na rave com a namorada Rafaela Treistman e o amigo Rafael Zimerman. Os três fugiram do local da festa, a cerca de cinco quilômetros da Faixa de Gaza, e se enconderam em um abrigo. Porém, quando deixaram o esconderijo, Ranani havia se perdido de Rafaela e Rafael.

O gaúcho Ranani Glazer  - REPRODUÇÃO / REDES SOCIAIS
O gaúcho Ranani Glazer (crédito: REPRODUÇÃO / REDES SOCIAIS)

Antes de desaparecer, ele chegou a fazer um vídeo em um refúgio atacado pelo Hamas. “No meio da rave, a gente parou num bunker. Começou a guerra em Israel, pelo menos a gente está num bunker”, relatou. O Ministério das Relações Exteriores lamentou a morte por meio de uma nota. “Ao solidarizar-se com a família, amigas e amigos de Ranani, o governo brasileiro reitera seu absoluto repúdio a todos os atos de violência, sobretudo contra civis”, disse o Itamaraty.

Bruna também estava no festival de música eletrônica que foi alvo do atentado no qual estima-se que morreram mais de 250 pessoas. Ela estava desaparecida e foi encontrada morta ontem. A informação foi confirmada pela organização StandWithUs Brasil e pela irmã de Bruna, Florica, nas redes sociais.

A jovem natural do Rio de Janeiro se mudou para Israel em 2015 e morava em Petah Tikva, cidade a 10 quilômetros da capital Tel Aviv, com sua mãe, Roza Valeanu, também carioca. Ainda no Brasil, ela trabalhou em um movimento sionista religioso chamado Bnei Akiva e estudou na escola judia bilíngue TTH Barilan, que tem duas unidades no Rio.

Atualmente, Bruna estudava Comunicação, Sociologia e Antropologia na Universidade de Tel Aviv, com competência em Marketing. Ela já trabalhou como representante de vendas e foi instrutora de tiro nas Forças de Defesa de Israel por dois anos, entre 2018 e 2020.

De acordo com o comunicado publicado pela irmã de Bruna, o funeral da brasileira aconteceria ontem às 21h30, em Petah Tikva. (Da Redação, com informações de Estadão Conteúdo e Agência Brasil)

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