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Médico que sobreviveu a ataque a tiros no Rio diz estar bem

Governador Cláudio Castro diz que investigações vão até o fim

06 de Outubro de 2023 às 23:01
Cruzeiro do Sul [email protected]
Hospital diz que médico está em condição estável
Hospital diz que médico está em condição estável (Crédito: REPRODUÇÃO REDES SOCIAIS)

O médico Daniel Sonnewend Proença, único sobrevivente do ataque a tiros na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio, que resultou na morte de três colegas de profissão, se pronunciou pela primeira vez desde o ocorrido. ‘Pessoal, estou bem, viu?‘, disse em vídeo compartilhado nas redes sociais nesta sexta-feira, 6, pela jornalista Lu Lacerda. O quadro de Daniel permanece estável. ‘Só algumas fraturas, mas vai dar certo‘.

Marcos de Andrade Corsato, Perseu Ribeiro Almeida e Diego Ralf de Souza Bomfim foram mortos a tiros na madrugada de quinta-feira, 5, em um quiosque na orla da praia da Barra da Tijuca. Diego é irmão da deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP).

A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) foi acionada e investiga as mortes. A principal hipótese da polícia para a motivação do assassinato é que um dos médicos pode ter sido confundido com um miliciano. Momentos antes do ataque, a Polícia Civil do Rio interceptou conversa telefônica que corrobora com essa linha investigativa.

Sobrevivente do ataque, Daniel Sonnewend Proença gravou depoimento em vídeo. ‘Pessoal, estou bem, viu? Está tudo tranquilo, graças a Deus. Só algumas fraturas, mas vai dar certo. A gente vai sair dessa juntos, tá? Valeu pela preocupação, obrigado‘, disse. Segundo informações do G1, o médico foi baleado 14 vezes. Ao menos 33 disparos foram efetuados durante o ataque.

Em nota, o Hospital Samaritano Barra, da rede Americas, afirma que Daniel foi admitido por transferência de hospital municipal. ‘O paciente chegou a unidade no início da noite de quinta-feira. No momento, encontra-se lúcido, orientado e respira sem o auxílio de aparelhos. Seu quadro de saúde é estável‘, disse o hospital privado.

Investigação

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), afirmou nesta sexta-feira, 6, que a investigação sobre o assassinato de três médicos na Barra da Tijuca, vai continuar, embora um grupo de suspeitos tenha sido morto supostamente por seus próprios comparsas e superiores hierárquicos, como castigo por terem se enganado ao identificar a vítima.

O governador classificou as facções criminosas e milícias que agem no Estado do Rio como ‘máfia‘: ‘Estamos falando de uma verdadeira máfia, que tem entrado nas instituições, nos poderes, nos comércios, nos serviços e no sistema financeiro nacional. (Ela) tem seus próprios tribunais e vem atuando nas mais diversas esferas‘, afirmou, ressaltando que o problema não é exclusivo do Rio, mas nacional.

‘Nós estávamos preparados para prender esses criminosos quando fomos surpreendidos por esse pseudo tribunal do tráfico. Mas ainda assim as investigações continuam. Se eles acharam que iam punir os próprios (comparsas) e (a investigação) ia acabar, não é isso que vai acontecer‘, disse.

Sobre a suposta participação de integrantes do Comando Vermelho presos no complexo penitenciário de Gericinó, em Bangu, no ‘julgamento‘ que determinou a morte dos comparsas que teriam se enganado ao matar os médicos, o governador afirmou que foram apreendidos celulares na penitenciária e haverá investigação. (Estadão Conteúdo)