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Rosa Weber deixa a presidência do STF
A ministra Rosa Weber deixa hoje a presidência do Supremo Tribunal Federal (STF) deixando o que os colegas classificam de “grande legado de institucionalidade”. Ela se aposenta compulsoriamente ao atingir a idade limite de 75 anos imposta ao serviço público. Com seu afastamento, assume a presidência do STF o ministro Luís Roberto Barroso.
Conhecida pela fala doce, mas ferrenha determinação, ela conseguiu decretar na corte o fim de dois mecanismos que, até então, ninguém conseguia acabar e que Gilmar Mendes chamava de “fraturas expostas”. Entre as alterações regimentais que ela fez questão de promover, está a emenda estabelecendo que os pedidos de vista feitos antes da mudança ou as liminares concedidas antes da publicação das regras tenham 90 dias úteis para estarem aptas a voltar à pauta.
“Ela colocou em pauta temas importantes para os direitos humanos e fundamentais, aperfeiçoou o regimento interno, com alterações necessárias e soube conduzir, com firmeza e maestria, a reconstrução do STF após os inomináveis ataques de 8 de janeiro”, afirmou o ministro Edson Fachin.
Os ataques às sedes dos Três Poderes, notadamente ao STF, foram o momento mais difícil de sua gestão. Mas houve outros, como as difíceis eleições para presidente da República, em 2018, as quais comandou na condição de presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Gaúcha de Porto Alegre, Rosa Maria Pires Weber foi a terceira mulher a ocupar o posto mais alto do Judiciário brasileiro. Antes dela, presidiram a Corte as ministras Ellen Gracie -- que já se aposentou -- e Carmen Lúcia, que comandou o STF de 2016 a 2018. (Da Redação)
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