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Sobe para 37 o número de mortos no Sul

06 de Setembro de 2023 às 23:01
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Ciclone deixou rastro de destruição e lama em Muçum (RS)
Ciclone deixou rastro de destruição e lama em Muçum (RS) (Crédito: SILVIO ÁVILA / AFP)

 

As autoridades ainda apuram o tamanho da destruição causada pela passagem do ciclone extratropical no Rio Grande do Sul entre segunda-feira (4) e terça (5). A Defesa Civil do Estado anunciou ontem (6), ter encontrado mais corpos, elevando o total de óbitos para 36 nas áreas afetadas pelas enchentes no Vale do Taquari. Em Santa Catarina também foi registrada uma vítima.

No município de Roca Sales, onde sete corpos foram encontrados nesta manhã, a prefeitura orientou que a população atingida pelas enchentes busque refúgio nos telhados de suas casas e aguarde pelo resgate. “Há familiares que estão em busca de seus entes queridos e não descartam que possam ter sido levados pela correnteza”, disse Amilton Fontana (MDB), prefeito da cidade a cerca de 140 quilômetros de Porto Alegre.

As equipes de resgate têm trabalhado para localizar sobreviventes e recuperar os corpos das vítimas desde o início das enchentes, na madrugada de segunda-feira. No município de Muçum, foram localizados 15 corpos. Mais de 80% da cidade ficou alagada.

Após sobrevoar as áreas atingidas pelo temporal, o governador Eduardo Leite (PSDB) anunciou, ontem, a decretação do estado de calamidade pública no Rio Grande do Sul. Além disso, os desfiles de 7 de setembro foram suspensos.

A Defesa Civil estadual contabiliza 70 municípios afetados. Há 3.084 pessoas desalojadas e 2.299 desabrigadas. No total, estima-se 52.157 afetados. Muitas casas sofreram danos por causa da ventania, da chuva forte e da queda de granizo. Houve queda de energia em dezenas de cidades. Além disso, ainda há muitos pontos de alagamentos nas cidades e interdições em quatro rodovias federais. (Estadão Conteúdo)