Economia
Tarcísio sobre privatização da Sabesp: Vamos seguir o modelo de follow on
Tarcísio considera que esse é o modelo mais adaptável para Sabesp por ser mais flexível
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, confirmou nesta segunda, 31, que o modelo de follow on, oferta subsequente de ações, foi o escolhido para a privatização da Sabesp. A informação tinha sido antecipada pelo Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.
Além da alternativa selecionada, outros três modelos foram analisados para a desestatização da companhia, segundo Tarcísio. O primeiro deles, seria parecido com o da Eletrobras, com regras mais rígidas e maior pulverização de capital. Na lista apareceram ainda a possibilidade de venda parcial ou total da companhia.
"Vamos seguir modelo de follow on, buscando investimentos de longo prazo", afirmou em coletiva de imprensa realizada na noite desta segunda-feira, 31.
Tarcísio considera que esse é o modelo mais adaptável para Sabesp por ser mais flexível. "O objetivo é oferecer uma maior concentração de capital para atrair investidores de referência", complementou.
A expectativa é que esse modelo garanta investimento para todos os municípios do Estado, mesmo os que não apresentam vantagem econômica. A redução da tarifa é outro benefício citado pelo governador.
'Estado continua acionista da empresa'
O Governo do Estado de São Paulo seguirá acionista da Sabesp mesmo após a privatização da companhia, segundo o governador. No entanto, a definição da participação, que hoje é de 50,3%, ainda será decidida.
"O Estado não vai sair completamente da empresa, apenas do controle. Seguirá com participação minoritária, acompanhando o crescimento da empresa", afirmou Tarcísio durante coletiva de imprensa promovida na noite desta segunda-feira, 31.
A possibilidade do Estado receber golden shares, ações com poder de veto para decisões de caráter estratégico, está sendo estudada, segundo a secretária de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística de São Paulo, Natália Resende.
Uma possível trava na participação privada também está sendo analisada pelo governo, de acordo com o secretário de Parceria em Investimentos, Rafael Benini. (Estadão Conteúdo)