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Governo Lula faz corte de R$ 1,5 bilhão no Orçamento

Saúde e educação concentram a metade de novo bloqueio de investimentos

29 de Julho de 2023 às 23:01
Cruzeiro do Sul [email protected]
Ministério da Saúde teve corte de R$ 452 milhões em seu Orçamento de 2023
Ministério da Saúde teve corte de R$ 452 milhões em seu Orçamento de 2023 (Crédito: AGÊNCIA BRASIL)

A saúde e a educação respondem por metade do novo contingenciamento (bloqueio) de R$ 1,5 bilhão no Orçamento de 2023. O decreto presidencial com a distribuição dos cortes foi publicado na sexta-feira (28) em edição extraordinária do Diário Oficial da União.

Ao todo, dez pastas foram afetadas pelos novos cortes. Os bloqueios ocorrem porque a estimativa de gastos superou o limite estabelecido pelo teto federal de gastos em 2023.

O contingenciamento não atinge gastos obrigatórios, apenas gastos discricionários (não obrigatórios), relacionados a investimentos e manutenção da máquina pública. O dinheiro pode ser liberado se a estimativa de gastos obrigatórios não se concretizar ou se o governo conseguir aprovar o novo arcabouço fiscal no Congresso Nacional, que acabará com o teto federal de gastos.

Confira a nova distribuição dos bloqueios: Saúde (R$ 452 milhões); Educação(R$ 333 milhões); Transportes (R$ 217 milhões); Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (R$ 144 milhões); Cidades (R$ 144 milhões); Meio Ambiente (R$ 97,5 milhões); Integração e Desenvolvimento Regional (R$ 60 milhões); Defesa (R$ 35 milhões); Cultura (R$ 27 milhões); e Desenvolvimento Agrário (R$ 24 milhões).

Em maio, o governo tinha bloqueado R$ 1,7 bilhão dos seguintes ministérios: Fazenda; Planejamento; Integração e Desenvolvimento Regional; Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome; Transportes e Cidades. Dessa forma, o total de recursos travados chega a R$ 3,2 bilhões no Orçamento deste ano.

No último dia 21, o governo tinha indicado a necessidade de um novo bloqueio no Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas. Pela legislação, um decreto presidencial detalha cortes por órgãos federais até 10 dias após o envio do relatório ao Congresso. A distribuição do contingenciamento cabe à Junta de Execução Orçamentária, órgão composto pelos ministros da Fazenda, Fernando Haddad; do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet; Esther Dweck, Gestão e Inovação em Serviços Públicos; e da Casa Civil, Rui Costa.

Mesmo com o novo contingenciamento, o total bloqueado este ano é bastante inferior ao do ano passado, quando foram travados R$ 15,38 bilhões para cumprir o teto de gastos. Os recursos só foram desbloqueados porque a Emenda Constitucional da Transição retirou do teto de gastos R$ 23 bilhões relativos a programas sociais no ano passado, mais R$ 168 bilhões neste ano. (Agência Brasil)